O atual ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo (PSDB), respondeu na tarde desta terça-feira (19) ao senador Humberto Costa (PT), líder do PT no Senado, que afirmou mais cedo que o governo interino Michel Temer (PMDB) acabou com as faixas do Minha Casa, Minha Vida que atendem aos mais pobres e, com isso, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deixaria de gerar R$ 70 bilhões.
De acordo com o tucano, a afirmação do petista “não é verdadeira”. “Desde quando assumi o Ministério das Cidades, em todas as minhas declarações assegurei que o MCMV continuaria funcionando, sem interrupção e os programas sociais do governo Temer são prioridades”, disse em nota enviada ao Blog de Jamildo.
LEIA TAMBÉM » Minha Casa Minha Vida: Humberto Costa diz que impacto no PIB será de R$ 70 bilhões até 2018 Bruno Araújo ainda acusou o governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) de não cumprir compromissos relacionados ao programa. “Inclusive não fez nenhuma contratação no Faixa 1 em 2016”, disparou. “A nossa missão é salvar o programa Minha Casa, Minha Vida e falar a verdade para a sociedade sobre a capacidade do programa.
Estamos dando continuidade às obras das unidades habitacionais que estavam paradas desde o governo afastado, na Faixa 1, que ultrapassam 50 mil unidades habitacionais.
E, também, vamos iniciar as contratações da faixa 1,5 do programa MCMV ainda neste ano.
Pretendemos atingir a meta de 40 mil a 50 mil unidades em 2016.
Até o meio do ano foram contratadas 230 mil unidades, nas faixas 2 e 3, e ainda chegar ao final deste ano com um total de 400 mil unidades”, prometeu o ministro. “Dentro das possibilidades orçamentárias da sociedade brasileira o Minha Casa, Minha Vida continua em andamento e reaquecendo a economia do País, gerando emprego e renda”, acrescentou. » Temer barra movimentos sociais do Minha Casa Minha Vida e concentra tudo na Caixa Econômica » Mães de bebês com microcefalia terão prioridade no Minha Casa Minha Vida O pernambucano ainda ressaltou a mudança nas modalidades Entidades e Rural depois que assumiu a pasta.
Bruno Araújo mudou os critérios de seleção.
Na Entidades, a responsabilidade pela contratação foi retirada dos movimentos sociais e transferida para a Caixa Econômica Federal.
Na avaliação do ministro, a medida aprimorou e garante isonomia na participação deles no programa. “As contratações seguem normais e, somando as duas modalidades, superam a 50 mil unidades habitacionais”, ressaltou. » Na RMR, Bruno Araújo promete entregar 1,2 milhão de unidades do Minha Casa Minha Vida até 2018 » Ministro das Cidades diz que vai pedir auditoria do TCU para o Minha Casa Minha Vida