O diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), Antônio Augusto de Queiroz (Toninho), fez uma análise para a Agência Sindical do novo comando da Cãmara dos Deputados, depois da queda de Eduardo Cunha.

A eleição do democrata Rodrigo Maia, para a presidência da Câmara dos Deputados, radicaliza o projeto neoliberal, fortalece a gestão fiscalista, amplia o desmonte do Estado e agrava os ataques aos direitos e conquistas trabalhistas. É liberal, tem ideologia - “Rodrigo Maia não é baixo clero. É um quadro liberal formado.

Tem ideologia.

Basta lembrar que foi funcionário do banco Credit Suisse e ali formou sua concepção sobre economia e o Estado”. É privatista - “Na medida de sua formação liberal, o novo presidente possui uma visão crítica do Estado e fará o possível para acelerar as privatizações.

A Petrobras entra na linha de liquidação”. É fiscalista - “Será um aliado efetivo de Temer para implementar teto de gastos públicos, cortes em programas sociais e ajuste fiscal de corte neoliberal”.

Pauta regressiva - “Maia não deverá apressar matérias da pauta regressiva do ‘Centrão’, contra minorias, homossexuais, mulheres etc., que teria alguma chance com Rosso.

Ele focará as questões mais de peso e decisivas para o mundo dos negócios e da alta política”.

Ponte para o tucanato - “Com Maia, o projeto tucano de poder, no que diz respeito a privatizações e desregulamentação trabalhista, ganha peso.

Seu primeiro gesto, de ir ao gabinete do senador Aécio (PSDB-MG) agradecer o apoio é autoexplicativo”.

Ponte para a Câmara - “Rodrigo Maia presidente finca na Câmara, com força, o outro pilar do ‘Uma Ponte para o Futuro’ – o plano neoliberal de Michel Temer”.

Reforma trabalhista - “Com sua eleição, ganha força tudo o que possa representar facilidade para os negócios, inclusive a prevalência do negociado sobre o legislado”.

Reforma da Previdência - “Por representar possibilidade de corte de gastos públicos, terá apoio de Rodrigo Maia, que é um liberal fundamentalista”.

Terceirização - “A terceirização terá completa simpatia do novo presidente da Câmara, até porque o presidente Temer também tem interesse”.