O deputado federal Rodrigo Maia (RJ-DEM), recém-eleito para a presidência da Câmara, disse neste sábado (16) que terá como prioridade, na primeira semana no cargo, “arrumar a casa”, criando condições para aprovação da reforma política e de projetos de combate à crise econômica e à corrupção.

Ele reconheceu que será preciso, primeiro, “distensionar” e “harmonizar” a relação entre os parlamentares e com outros Poderes, além do Senado.

Na próxima semana, Rodrigo Maia será recebido pelo presidente interino Michel Temer, junto com os líderes do Senado e do Judiciário.

LEIA TAMBÉM » Com 285 votos, Câmara elege Rodrigo Maia para suceder Eduardo Cunha em ‘mandato-tampão’ » Veja a entrevista coletiva com o novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia “O Brasil precisa da sinalização de que haverá um ambiente menos tensionado, onde se possa dialogar com todos e colocar na pauta da Câmara dos Deputados aquelas matérias que vão ao encontro da superação da crise econômica grave que o país vive”, disse Maia, eleito presidente da Câmara com 285 votos, na quinta-feira (14).

Durante o encontro estadual do seu partido, DEM, no Rio de Janeiro, ele informou que terão prioridade, entre os projetos para superar a crise, a PEC que limita gastos públicos, o que adota novas regras para exploração do pré-sal e o pacote de dez medidas contra a corrupção.

Proposto pelo Ministério Público Federal, o projeto tem 2 milhões de assinaturas. » Com ‘recesso branco’, pedido de cassação de Cunha e impeachment ficam para agosto » Eleição de Rodrigo Maia na Câmara tira Aécio da defensiva “Mesmo que você não termine todas as votações [por causa da Olimpíada em agosto, e das eleições, em outubro], dá uma sinalização forte para sociedade que isso está caminhando bem”, disse.

Para que a Câmara não pare durante as competições, Maia antecipou que vai propor aos líderes dos partidos dois dias de trabalho intenso, durante a semana, “com necessidade de produção mínima”, às segundas e terças-feiras.

Os parlamentares seriam liberados às quartas-feiras.

Nas próximas duas semanas, a Casa não terá votações.