O prefeito de Catende, Otacílio Cordeiro (PSB), foi levado para a Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp) na tarde desta quarta-feira (13) após ter a prisão domiciliar revogada pela Justiça por descumprir regras.

O socialista foi levado pela delegada Patrícia Domingos para prestar esclarecimentos e será encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).

LEIA TAMBÉM » Prefeito de Catende preso por liderar esquema criminoso » TCE e MPCO representaram cinco vezes contra prefeito de Catende por irregularidades nas contas e indícios de crimes Alvo de mandado de prisão no início de junho, na Operação Tsunami, Cordeiro é acusado de liderar uma organização criminosa suspeita de emprego irregular de verbas públicas, corrupção, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

Além do prefeito, foram presas há pouco mais de um mês outras dez pessoas, incluindo o filho dele, Ronaldo Cordeiro, secretário de Finanças; e a nora, esposa de Ronaldo, Andreza Paes.

Os demais detidos são assessores do gestor.

CONTAS - No dia em que a Operação Tsunami foi deflagrada e Otacílio Cordeiro foi preso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público de Contas (MPCO) informaram que já haviam comunicado ao Ministério Público reiteradas irregularidades observadas na gestão do prefeito.

As contas do socialista foram rejeitadas desde 2009 até 2012, período do primeiro mandato.

As contas do segundo mandato estão em análise pelos órgãos técnicos do TCE, mas já houve rejeição da gestão fiscal do primeiro ano do segundo mandato, em 2013.

Segundo o Tribunal, em março de 2015 foram comunicados também indícios de crimes com lesão à previdência municipal, em cerca de R$ 5 milhões.

Três meses depois, foram encontrados indícios de outros crimes, de acordo com o TCE, “novamente sujeitos até a pena de cassação de mandato, além de indícios de crime de improbidade”, desta vez no montante de R$ 3,2 milhões.