Após comparar a Operação Lava Jato a ‘coceira’ no interior de Pernambuco, o ex-presidente Lula (PT) concluiu sua maratona de compromissos no Estado em discurso no Recife, em ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), voltando a criticar a ação do juiz Sérgio Moro e de procuradores que fazem parte da força-tarefa, que criaram o documento com dez medidas contra a corrupção.

Lula também voltou a afirmar que deve se candidatar em 2018.

A fala de Lula já começou relembrando o vazamento de uma conversa do petista com Dilma no dia em que assumiu o ministério da Casa Civil, em março. “Achei uma falta de respeito, uma falta de ética um juiz divulgar minha conversa com a presidente da República”, alfinetou. “Eles deveriam divulgar as conversas que eles fazem todo santo dia”, ironizou. “A democracia é uma palavra bonita, falada em todo o mundo, mas que não é exercitada por todo mundo”, disse ainda.

LEIA TAMBÉM » Acompanhando discursos de Lula em Pernambuco, Humberto Costa fala em eleição de 2018 » Em Carpina, Lula disse que Dilma não era mola de fusca, mas podia ser consertada » Jantar com a presença de Lula na casa de Sílvio Costa Filho bate martelo no acordo do PRB para a vice de João Paulo Lula ainda criticou, sem citar o documento, as ‘10 Medidas contra a Corrupção’, proposta pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. “É melhor deixar o cargo, se candidatar a deputado e começar a fazer política”, afirmou o líder petista. “A verdade nua e crua é que eles não se conformam como é que um partido como o nosso conseguiu fazer em 13 anos o que eles não fizeram em 500.” Foto: Ricardo B.

Labastier/JC Imagem - Foto: Ricardo B.

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Labastier/JC Imagem Citando o Portal da Transparência, a Lei de Acesso à Informação e a extinta Controladoria Geral da União (desfeita e integrada ao Ministério da Transparência no primeiro dia após o afastamento de Dilma), atribuiu aos governos petistas o combate à corrupção. “Só existe apuração de corrupção neste País porque o PT tirou o tapete que escondia a corrupção na sala deste País, porque o PT investiu na inteligência da Polícia Federal, porque o PT investiu na contratação de policiais federais, porque pela primeira vez o presidente não interfere na escolha do procurador-geral da República”, disse à militância. “Nós não temos medo de investigação, o que nos temos é medo de mentira, é da delação premiada deformada.

Pega um cidadão que roubou milhões, denuncia meia duzia de pessoas, fica com metade do que roubou e vai fumar charuto na praia”, disse ainda, fazendo referência ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, mesmo sem citar nomes. » Em Pernambuco, Lula exime Dilma e culpa Congresso pela crise » Em Pernambuco, Lula diz que “para não ser candidato em 2018, é só o Brasil dar certo” » Lula diz que as investigações da Lava Jato incomodam como carrapato: ‘dá coceira’ Lula ainda falou que o crime que cometeu foi o de “dizer aos pobres deste país que eles tinham o direito de comer três vezes por dia” e iniciar as obras da Transposição do Rio São Francisco.

O ex-presidente reconheceu que a sua sucessora errou ao desonerar impostos, segundo ele para criar empregos e investir em programas sociais.

Porém, culpou deputados e senadores de oposição pela crise; por criar uma “confusão política”, nas palavras dele. “O mais grave é que Eduardo Cunha começou a apresentar propostas bomba para aumentar a dificuldade do governo”, atacou o ex-presidente da Câmara, hoje afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Aproveitaram para inventar a mentira do século e pedir o impeachment.

Inventaram as pedaladas só porque a coitada começou a andar de bicicleta, pedaladas que eu fiz quando era presidente”, completou. » Veja o discurso de Lula e dos aliados que o antecederam no palco montado na Avenida Rio Branco: Diante das faixas pedindo a saída do presidente interino Michel Temer (PMDB), afirmou: “Não tem que xingar Temer, tem que chegar para ele e dizer: ‘Quer ser presidente?

Disputa a eleição e ganha a eleição’”, disse Lula.

O peemedebista foi vice de Dilma nos dois mandatos da petista. » Lula pede bullying virtual contra Fernando Bezerra Coelho » Em Caruaru, Lula volta a pedir mensagens para senadores pelo WhatsApp » Pelo WhatsApp, FBC rebate críticas de Lula e revela que explicou a ele pessoalmente as razões de voto contra Dilma Depois de falar aos militantes petistas em quatro atos, realizados desde segunda-feira (11) em três municípios do interior, Lula repetiu trechos dos discursos. “Um pernambucano que nasce em Garanhuns, como eu, em 1945, e não morreu de fome até os cinco anos, não tem medo de enfrentar a elite brasileira”, disse. “Se eles não sabem cuidar do povo, eu sei.

Se eles não sabem cuidar dos pobres, eu sei.

Se eles não sabem conviver com os movimentos sociais, eu sei”, desafiou.

O ex-presidente, que ficou à frente do Palácio do Planalto por dois mandatos, terminou o discurso reafirmando que deve ser candidato novamente nas próximas eleições e deixou o palco se despedindo como faz em período eleitoral: “Um abraço e até a vitória”. » “Eles que rezem para que eu não precise voltar”, ameaça Lula na Bahia » Em Pernambuco, Humberto Costa acusa Temer de não ter “condição moral” de ser presidente » Vem Pra Rua Recife recepciona Lula com o Pixulecão