Menos de uma semana após a renúncia do ex-presidente da Câmara, o deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o peemedebista recebeu um gesto dos seus aliados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), nesta quarta-feira (13).
Por 37 votos a 17, foi aprovado um requerimento e encerrada a discussão do parecer sobre o recurso de Cunha, que é contra a decisão do Conselho de Ética de encaminhar ao Plenário da Casa seu processo de cassação.
Com confusão e sob protestos de oposicionistas, uma nova reunião foi marcada para esta quinta (14).
LEIA TAMBÉM » Dilma diz que é preciso interromper controle de Cunha sobre a Câmara » “Hoje sou eu.
Vocês, amanhã”, ameaça Eduardo Cunha na CCJ.
Votação de recurso é nesta quarta » Eduardo Cunha diz que processo que pede sua cassação é político A sessão da CCJ desta quarta durou mais de seis horas, depois de começar com 45 minutos de atraso, às 10h15.
A demora se deveu à falta de quórum para o início da sessão, que só foi alcançado após as 10h.
A discussão começou na terça (12), mas foi interrompida para ser retomada nessa manhã.
O relator, Ronaldo Fonseca (Pros-DF), recomenda a anulação da votação final do Conselho de Ética.
Se ele for aprovado, como querem o próprio Eduardo Cunha e seus aliados, o processo deve retornar ao colegiado para que seja refeita a última votação.
Caso o parecer seja rejeitado, o processo que pede a cassação do ex-presidente da Casa segue para o plenário para ser votado.
Se for para análise de todos os deputados, serão necessários pelo menos dois terços da Câmara para aprová-lo, o que equivale a 342 parlamentares.