Foto: Rádio Jornal Durante entrevista exclusiva à Rádio Jornal, nesta terça-feira (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ironizou ao falar da Operação Lava Jato e disse que as investigações incomodam como carrapato: ‘dá coceira’. “Todo dia alguém diz que vai falar o nome do Lula.

Estão há dois anos investigando e duvido que se ache um empresário a quem eu pedi R$ 10”, falou.

Questionado se as investigações o incomodam, o petista respondeu: “Dizer que não incomoda seria mentira da minha parte.

Isso incomoda como uma coceira.

Já teve carrapato?”, disse.

Lula está em Pernambuco, onde participa de atos da Caravana da Democracia, que realiza, desde a semana passada, uma série de manifestações em 12 municípios do Estado contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Petrolina, no Sertão, foi o primeiro município a ser visitado por Lula, nessa segunda.

O ex-presidente ainda tem compromissos nesta terça, em Carpina, na Zona da Mata, e Caruaru, no Agreste, antes de chegar ao Recife, nesta quarta-feira (13). » “Eles que rezem para que eu não precise voltar”, ameaça Lula na Bahia » “Quanto mais eles me provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato em 2018”, diz Lula » Em Pernambuco, Humberto Costa acusa Temer de não ter “condição moral” de ser presidente Ainda durante a entrevista, Lula afirmou que não está acima da lei e defendeu as investigações da Polícia Federal, mas condenou a condução coercitiva pela qual passou há alguns meses. “Já fui prestar depoimento sobre a minha viagem, sobre medida provisória, sobre depoimento do Delcídio (o ex-senador petista Delcídio Amaral).

Acho muitas das perguntas insólitas, mas de qualquer forma, sou um cidadão igual aos outros brasileiros e não estou acima da lei.

Tenho que cumprir a lei.

Se acham que tem algum problema, podem investigar.

Fiquei muito ofendido quando invadiram a minha casa.

Tive que me controlar e ficar de bom humor, mas foi insolência e petulância deles”, criticou. » Delator cita pagamentos a empresa de filho de Lula Lula também criticou as investigações em torno do seu filho, Fábio Luiz, conhecido como Lulinha. “Quero saber o que eles têm contra o meu filho.

Tenho um coitado de um filho que é dono da Friboi, da Casa Branca, da Torre Eiffel.

Meu filho não podia ir a Brasília que diziam que ele fazia lobby”, ironizou, destacando que também fazem uma ação de busca e apreensão na casa de um de seus irmãos e levaram um computador. “Ele não tem onde cair morto, mal sabe escrever de caneta”, completou.

IMPEACHMENT Durante o ato dessa segunda, o ex-presidente afirmou que precisa de seis senadores para reverter o resultado contra a petista. “Estamos empenhados em tentar convencer senadores a votar contra o impeachment.

Precisamos convencer seis”, afirmou no discurso. » Veja os próximos passos do processo de impeachment contra Dilma Rousseff » Leitura de parecer de Anastasia sobre impeachment de Dilma será dia 2 de agosto Sobre as eleições presidenciais de 2018, o ex-presidente afirmou que não será candidato caso “o País dê certo”. “Pra não ser candidato em 2018, é só o Brasil dar certo.

Se o Brasil der certo, por quê eu precisaria ser presidente outra vez?”, questionou.

O petista ainda brincou ao dizer que “política é que nem uma boa cachaça, você começa e não quer parar mais”.