Estadão Conteúdo - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), confirmou nesta segunda-feira (11) a intenção de dar continuidade nesta terça-feira (12) à discussão do recurso do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na comissão.
O recurso foi apresentado após o Conselho de Ética aprovar processo de cassação contra o deputado fluminense.
LEIA TAMBÉM » Contra lideranças, Maranhão confirma eleição de sucessor de Eduardo Cunha para quinta » Eduardo Cunha pede e aliados podem mandar de volta processo de cassação para o Conselho de Ética Serraglio havia estabelecido a data da reunião inicialmente para esta segunda, mas depois remarcou para terça.
As idas e vindas do presidente da CCJ causaram polêmica uma vez que a data final poderia coincidir com a realização da disputa pela presidência da Câmara.
OPINIÃO » Renúncia repõe Eduardo Cunha ao seu lugar periférico na história política do Brasil “Remarquei apenas porque não haverá mais o esforço concentrado previsto para essa semana.
A sessão está mantida para amanhã e iniciará no horário de sempre”, afirmou Serraglio à reportagem. » Paulo Câmara afirma que Eduardo Cunha trazia instabilidade e diz que renúncia veio tarde » Renúncia de Eduardo Cunha atrasa definição sobre exclusividade da Petrobras no pré-sal No encontro de terça está prevista a exposição dos advogados de defesa de Cunha por até 2h19, mesmo tempo utilizado, na semana passada, pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), relator do recurso.
Em seguida deverá ser aberto o debate entre aqueles que são contra ou a favor do recurso. » Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados » Leia a carta de renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara » Enquete: Você aprovou a renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara? “No final pretendo dar a palavra ao Eduardo Cunha, por até 20 minutos.
Esse é o rito”, afirmou o presidente da CCJ.
O deputado não quis fazer, contudo, uma previsão de quando o caso será encerrado na comissão.
Caso não seja votado nesta semana, o recurso de Cunha deverá voltar à pauta somente em agosto, após o recesso legislativo. » Por 11 a nove, Conselho de Ética aprova cassação de Eduardo Cunha » Lava Jato cobra R$ 80 milhões de Eduardo Cunha PLENÁRIO - Argumentando que é preciso eliminar a influência de Cunha sobre a escolha do novo presidente da Câmara, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) quer que a cassação do deputado seja votada em plenário já nesta terça (12).
Fontana defende que a CCJ analise o recurso do peemedebista na manhã de terça, permitindo que o plenário vote a cassação já na tarde ou noite do mesmo dia.
Assim, seria possível eleger o novo presidente na quarta-feira (13). “Não devemos nos conformar com a ideia de que Cunha continua manobrando a Casa”, disse. “Isso é necessário, possível, ajuda a democracia e qualifica a sucessão”, adicionou.