Mesmo que sob a condição de anonimato, aliados de Paulo Câmara não deixaram de rebater as críticas do líder da Oposição e candidato a prefeito no Recife Silvio Costa Filho, ao aumento de impostos do ano passado e os seus efeitos no PIB do Estado.

Divulgado na quarta-feira desta semana, o PIB registrou um tombo de 9,6% na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado.

Oposição diz que aumento de impostos por Paulo Câmara ajudou no tombo do PIB estadual, em 2015 “O aumento de impostos, transitório, diferente do que ocorre nos outros estados, onde o aumento será permanente, permitiu que o Estado não tivesse as contas bloqueadas, como acontece com alguns deputados e estados da federação”, diz um auxiliar do governador. “Foi este aumento de impostos que permitiu que o governo Paulo Câmara fizesse investimentos e gerando empregos, mesmo com um crescimento de 0% nos repasses de FPM (que representa perdas, se condiderar inflação de 10% no período).

Foi este aumento de impostos que permitiu manter o Estado nos trilhos, mesmo com as demissões na refinaria da Petrobras e perdas geradas pelos estaleiros de Suape com a crise econômica” No caso do FPE, se tivesse ocorrido apenas a reposição da inflação, seriam cerca de R$ 600 milhões no caixa do Estado.

Para que se tenha uma ideia de comparação, a folha de pessoal do Estado hoje gira em torno dos R$ 800 milhões por mês. É dito sempre que não haverá atrasos no pagamento, pois o “dever de casa” foi feito no ano passado.

Os aliados rebatem igualmente que não tenha havido cortes de despesas ou economia com a máquina. “Em uma comparação com outros estados, com dados do STN, dá para ver que Pernambuco teve a maior redução com os gastos com a máquina, com queda de 1%.

Ceará cresceu 33%, Bahia, 32%, Rio de Janeiro 7%” O deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), disse que a queda registrada de 9,6% no PIB de Pernambuco no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015, e seus rebatimentos na economia, na arrecadação e na geração de empregos, exigem medidas estruturantes e não apenas ações paliativas ou emergenciais, como vem fazendo o Governo do Estado desde o início de 2015. “O atual quadro de recessão mostraria o quanto a criação do Fundo Estadual de Estabilidade Fiscal (FEEF) e a instituição de alíquota adicional para o setor atacadista foram inoportunas.

Foi justamente a indústria o setor econômico que teve a maior retração, com queda de 14,3% em relação ao primeiro trimestre de 2015, e, apesar dos alertas feitos, o Estado decidiu penalizar ainda mais o setor, reduzindo os incentivos concedidos em troca de investimentos em Pernambuco”, destacou.

O parlamentar lembrou que no último ano o setor industrial sofreu uma retração de 6,6%, o que provocou o fechamento de 49 mil postos de trabalho no Estado. “Entre janeiro e março deste ano a conta já vai em 19 mil empregos a menos.

Impor mais esse ônus ao setor produtivo implica em ampliar o risco de demissões no Estado e criar um clima de insegurança jurídica, causando desconfiança dos investidores sobre a disposição do Governo de Pernambuco honrar com os compromissos pactuados com a iniciativa privada”, disse.