O empresário pernambucano Apolo Santana Vieira, preso durante as diligências da Operação Turbulência, no dia 21 de junho, começou a ganhar notoriedade e vincular-se às investigações da Policia Federal depois de ter figurado como avalista da aquisição da aeronave PR-AFA (que matou Eduardo Campos, em São Paulo, em agosto de 2014), tendo utilizado para tantos recursos oriundos de uma empresa fantasma, de nome Geovane Pescados.

O empresário é apontado como proprietário, de fato ou de direito, de um conglomerado de 18 empresas. “A despeito de possuir todas aquelas empresas, ressalte-se que ele somente possui um único veículo registrado em seu nome, além de duas embarcações”, observam as autoridades na investigação.

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A empresa ASV Holding S.A., em que ele figura apenas como avalista, tem a sua esposa como diretora, além de possuir seu acrônimo no nome.

Nas investigações do caso, o MPF diz que Apolo Santana Vieira possui aparentes vinculações com aos menos quatro empresas fantasmas.

Segundo as autoridades, em geral essas empresas realizaram operações suspeitas - a maior parte delas por meio de emissão de títulos - figurando como beneficiários diversas pessoas que integram a chamada organização criminosa. » Tribunal sem previsão para julgar habeas corpus de dois envolvidos na Operação Turbulência » Provas usadas na Operação Turbulência são de inquérito sobre suposta propina na campanha de Eduardo Campos em 2010 » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador Segundo as investigações da PF, a sua irmã Patrícia Santana Vieira, funcionária da empresa Smartcred Securitização de Créditos, teria remetido valores expressivos para a conta da empresa fantasma Geovane Pescados.

Ainda segundo as investigações da PF, o empresário movimentou recursos em transações junto a conta das empresas MS Pescados e da empresa ASV Holding, onde figuravam como beneficiários os filhos e sua esposa Diana Margarida, no período de 01 de fevereiro de 2016 a 11 de março de 2016, no montante de R$ 3,7 milhões.

A MS Pescados é apontada como empresa fantasma pela Polícia Federal. » Envolvido na Operação Turbulência é preso enquanto malhava em academia no Recife » Agora na Operação Turbulência, FBC volta a ser citado em suposto esquema para campanha de Eduardo Campos » Em nota oficial, PSB sai em defesa de Eduardo Campos e rebate irregularidades em campanha socialista Em uma operação que sugere uma tentativa de esconder patrimônio, que lembra iniciativa semelhante atribuída a Cerveró, no Rio de Janeiro, é citado, em relação ao empresário, que os dados da COAF indicam várias operações suspeitas vinculadas ao seu nome, como resgate ou portabilidade e pagamento únicos de PGBL ou VGBL no valor total de R$ 480 mil.

No entanto, como investimentos desta natureza são compatíveis com sua condição financeira, a investigação continua em aberto na Justiça.

O próprio MPF disse, sobre o empresário, que o desenvolvimento final das investigações, após a deflagração da sua parte ostensiva, melhor elucidará o seu envolvimento nos fatos apurados. » Turbulência: deputado entra com representação para que PF investigue morte de foragido » Delegada Gleide Ângelo diz que em menos de duas semanas conclui caso da morte de foragido da Operação Turbulência » SDS confirma envenenamento de Paulo César Morato » Empresário foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em motel de Olinda