Os líderes de partidos e blocos decidiram, no início da noite desta quinta-feira (7), antecipar para a próxima terça (12) a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, depois que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou ao cargo.

O peemedebista já estava afastado desde maio, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e enfrenta um processo de cassação por quebra de decoro parlamentar.

LEIA TAMBÉM » Após renúncia de Eduardo Cunha, eleição do novo presidente da Câmara é convocada para quinta-feira A sessão, antes convocada pelo presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) para a quinta (14), agora está marcada para as 13h59 da terça.

Candidaturas podem ser inscritas até o meio-dia antes da sessão.

Até agora, só Fausto Pinato (PP-SP) registrou oficialmente a candidatura na Secretaria Geral da Mesa.

Os nomes mais cotados até agora são os de Rogério Rosso (PSD-DF), defendido pelo próprio Cunha; além de Beto Mansur (PRB-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Osmar Serraglio (PMDB-PR). » Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados » Leia a carta de renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara » CCJ marca para dia 11 discussão e votação do parecer sobre recurso de Cunha A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico.

Pelo menos metade dos parlamentares deve estar na sessão para que haja quórum, o que equivale a 257 dos 513 parlamentares.

O novo presidente será eleito em primeiro turno caso obtenha a maioria absoluta dos votos, ou seja, se estiverem presentes 257 deputados, são necessários os votos de pelo menos 129 deles.

Se nenhum candidato alcançar esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados, sendo aprovado, então, o nome que receber a maioria simples dos votos. » Jarbas diz que Eduardo Cunha vai terminar cassado e com Moro » Betinho Gomes afirma que renúncia de Cunha não o livra do “tchau, querido” » Para Cadoca, cassação de Eduardo Cunha é inevitável A votação da cassação de Cunha estava prevista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a segunda-feira (11), mas foi transferida para a terça-feira (12).

Contrários a esse adiamento e alegando que ele beneficia o ex-presidente da Câmara, os líderes de Rede, PSB, PSDB e DEM saíram da reunião dos líderes para debater o rito de eleição do novo presidente.

RENÚNCIA - Depois de negar que renunciaria durante os meses em que o processo de cassação se arrastou no Conselho de Ética, Cunha surpreendeu e, no início desta tarde, leu a carta enviada ao presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).

Após deixar a presidência da Casa, o parlamentar pode perder o mandato por quebra de decoro, sob a acusação de que mentiu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, afirmando que não tinha as contas depois descobertas na Suíça.

Nos bastidores se diz, porém, que a renúncia é mais uma manobra do deputado: com esse ato, tenta conseguir reverter votos contra ele na CCJ, fazendo o processo voltar para o Conselho de Ética.

Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr