Enfrentando processo de cassação, acusado de quebra de decoro parlamentar, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou ao cargo na tarde desta quinta-feira (7), depois de negar diversas vezes que faria isso.
O ato foi considerado nos bastidores uma manobra para tentar reverter votos contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), fazendo o caso voltar para o Conselho de Ética - no processo, Cunha é acusado de mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao afirmar não ter contas no exterior, enquanto depois foram descobertas reservas na Suíça.
Na carta entregue ao presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), Cunha afirmou ter sido alvo de perseguição após colocar o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) em votação.
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LEIA TAMBÉM » Após renúncia de Eduardo Cunha, eleição do novo presidente da Câmara é convocada para quinta-feira » Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados » Leia a carta de renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara A eleição do novo presidente já foi marcada por Maranhão para a quinta-feira (14), às 16h.
O próprio Cunha quer eleger Rogério Rosso (PSD-DF), seu aliado e presidente da comissão especial do impeachment na Câmara.
A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico.
Outros nomes cotados são: Beto Mansur (PRB-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Pelo menos metade dos deputados devem estar na Casa, o que equivale a 257 dos 513 parlamentares.
Para ser eleito em primeiro turno, o candidato deve conseguir a maioria absoluta dos votos. » Jarbas diz que Eduardo Cunha vai terminar cassado e com Moro » Betinho Gomes afirma que renúncia de Cunha não o livra do “tchau, querido” » Para Cadoca, cassação de Eduardo Cunha é inevitável