A eleição do novo presidente da Câmara, que vai suceder Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já foi marcada para uma semana após a renúncia do peemedebista.
O ato de convocação da sessão que vai escolher o substituto de Cunha, marcada para a próxima quinta-feira (14), às 16h, foi lido no plenário cerca de três horas após o anúncio dele que deixaria o cargo, dois meses após ser afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e enfrentando processo de cassação.
A perda do mandato dele deve ser votada no início da próxima semana e, se for confirmada, o novo nome à frente da Casa será definido já com a queda definitiva de Cunha.
LEIA TAMBÉM » Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara dos Deputados » Leia a carta de renúncia de Eduardo Cunha à presidência da Câmara » CCJ marca para dia 11 discussão e votação do parecer sobre recurso de Cunha Os deputados que vão disputar a presidência devem registrar suas candidaturas junto à Secretaria-Geral da Mesa até o meio-dia da quinta-feira.
Os nomes mais cotados até agora são os de Rogério Rosso (PSD), defendido pelo próprio Cunha; além de Beto Mansur (PRB), Jovair Arantes (PTB) e Osmar Serraglio (PMDB). » Jarbas diz que Eduardo Cunha vai terminar cassado e com Moro » Betinho Gomes afirma que renúncia de Cunha não o livra do “tchau, querido” » Para Cadoca, cassação de Eduardo Cunha é inevitável A eleição será secreta e ocorrerá por meio do sistema eletrônico.
Pelo menos metade dos parlamentares deve estar na sessão para que haja quórum, o que equivale a 257 dos 513 parlamentares.
O novo presidente será eleito em primeiro turno caso obtenha a maioria absoluta dos votos, ou seja, se estiverem presentes 257 deputados, são necessários os votos de pelo menos 129 deles.
Se nenhum candidato alcançar esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados, sendo aprovado, então, o nome que receber a maioria simples dos votos.
Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr Foto: Marcelo Camargo/ABr - Foto: Marcelo Camargo/ABr RENÚNCIA - Depois de negar que renunciaria durante os meses em que o processo de cassação se arrastou no Conselho de Ética, Cunha surpreendeu e, no início desta tarde, leu a carta enviada ao presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).
Após deixar a presidência da Casa, o parlamentar pode perder o mandato por quebra de decoro, sob a acusação de que mentiu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, afirmando que não tinha as contas depois descobertas na Suíça.
Nos bastidores se diz, porém, que a renúncia é mais uma manobra do deputado: com esse ato, tenta conseguir reverter votos contra ele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), fazendo o processo voltar para o Conselho de Ética.