A vereadora do Recife Michele Collins (PP) já defendeu mais de uma vez na Câmara Municipal que a mulher, na opinião dela, deve ser submissa ao marido.

Pelo visto, ela leva isso a sério até nos projetos de lei propostos.

Menos de um mês depois de o marido da parlamentar, o deputado estadual Cleiton Collins (PP) apresentar uma matéria na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) visando limitar em R$ 200 mil os cachês pagos a artistas contratados com recursos do Governo de Pernambuco, a Câmara agora tem um PL para chamar de seu.

Michele Collins protocolou, na segunda-feira (4), o Projeto de Lei Ordinária 100/2016, que tem o mesmo objetivo, mas para as apresentações realizadas com verba da Prefeitura do Recife.

LEIA TAMBÉM » Na Alepe, Cleiton Collins apresenta projeto para limitar cachês artísticos em R$ 200 mil em Pernambuco » Michele Collins assume posto no Conselho Municipal de Direitos Humanos do Recife Antes de ir a plenário, o projeto de lei vai ser analisado pelas comissões de Legislação e Justiça; de Finanças e Orçamento; e de Educação, Cultura, Turismo e Esportes. “É sabido que vivemos um período de grave crise econômica que, por consequência, tem ocasionado a diminuição na arrecadação da União, dos estados e dos municípios”, argumentou a esposa de Cleiton Collins. » Ação do Ministério Público aponta que deputados usaram emendas impositivas para shows irregulares » Dinheiro da Empetur foi usado para pagar shows em vaquejada na fazenda do pai de João Fernando Coutinho, diz TCE » Fraude em shows: deputados e ex-gestores da Empetur no alvo de ação do MPPE » Deputados se defendem de acusações do Ministério Público em ações sobre shows O valor do projeto do pastor deputado, usado também no da vereadora, tem como base o que foi estabelecido pela Portaria nº 270/2014, do Ministério do Turismo.

A regra do governo federal obriga que, além de respeitar o teto de R$ 200 mil para o cachê de cada banda ou artista, ele esteja previamente cadastrado no sistema interno da pasta, disponibilizando informações como discografia e comprovação dos últimos cachês recebidos de entidades públicas e privadas. “É importante registrar que outros entes da federação já adotam a iniciativa de limitar gastos com eventos", disse a vereadora. » Ministério Público abre inquérito sobre denúncia de irregularidades em shows » Socorro Pimentel quer que recomendação do MPCO sobre shows vire lei estadual O assunto ganhou repercussão após a polêmica envolvendo o pagamento de R$ 575 mil para o show do cantor Wesley Safadão no São João de Caruaru, no Agreste pernambucano.

A apresentação chegou a ser cancelada por um juiz, mas um desembargador acatou um recurso da prefeitura e uma multidão assistiu ao show no último dia 25, em noite marcada por confusão no pátio de eventos da cidade. » Após polêmica, desembargador autoriza show de Safadão no São João de Caruaru » Fagner afirma que há esquema no São João de Caruaru. “É só fazer feito a Lava Jato: é só correr atrás do dinheiro”