Mesmo com crescimento da receita e queda nos custos, a Arena Pernambuco teve prejuízo de R$ 10.363.000 no ano passado, contra R$ 5.394.000 milhões de lucro em 2014.

O resultado negativo foi influenciado por despesas comerciais de R$ 15.950.000, entre perdas com clientes (R$ 3.596.000) e Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (R$ 12.354.000).

Essas despesas não existiam no período anterior.

O relatório foi publicado nessa terça-feira (5).

Os quase R$ 3,6 milhões perdidos são referentes ao que era esperado, ainda no fim de 2014, do contrato com a Itaipava.

O Grupo Petrópolis, dono da marca, tinha desde o ano anterior os naming rights do estádio - o nome do local ganhou também o da marca, ficando ‘Itaipava Arena Pernambuco.

Além disso, teria exclusividade no fornecimento de cervejas e energéticos.

O relatório mostra que, em 2015, o consórcio que administrava a Arena “registrou a reversão do saldo residual deste contrato”.

Em abril do ano passado, Blog do Torcedor revelou que dos R$ 10 milhões anuais previstos, foram pagos R$ 4.8 milhões em 2014.

O contrato inicial previa R$ 100 milhões pagos em parcelas iguais ao longo de dez anos.

A PCLD, que foi de R$ 12 milhões, é uma sigla que se refere aos títulos que não têm mais recebimento esperado; entre os principais motivos por serem antigos ou de clientes que já deram calote à empresa.

O relatório anual da Arena Pernambuco não detalha quais seriam os clientes, afirmando apenas que são do setor privado.

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O estádio era administrado pela Odebrecht, em contrato que tinha a previsão de durar 30 anos.

No entanto, o acordo foi rompido unilateralmente pela gestão estadual, que assumiu o estádio provisoriamente para fazer uma nova licitação.

O governo afirma que gastou R$ 543 milhões com a Arena Pernambuco.