Com alarde, o vice-prefeito de Gravatá, Rafael Prequé, divulgou em seu Facebook a gravação de reunião realizada com o interventor estadual de Gravatá, coronel Mário Cavalcanti.
Segundo fontes da Prefeitura, a gravação foi feita sem nenhum conhecimento do interventor e das demais pessoas presentes na reunião.
Posteriormente, o próprio vice confirmou para um radialista da cidade que gravou a reunião “por questão de segurança”.
Na reunião, o vice fez críticas sobre a intervenção e até contra o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira (PSB). “Eu não gravaria a reunião, no entanto, quando me preparava para entrar na sala fui abordado e questionado quanto a presença de dois assessores meus.
Optei por gravar o encontro por questão de segurança minha.
O secretário de governo chegou a questionar quanto ao meu possível nervosismo.
Gravei porque não devo nada”, revelou Rafael Prequé a um radialista da cidade.
A reunião foi solicitada pelo interventor após o vice-prefeito usar as redes sociais para fazer graves ataques ao PSB e ao governador Paulo Câmara (PSB), chamado por Prequé de “fraco e incompetente”.
O interventor sugeriu ao vice ajudar na organização do trânsito da cidade, mas Prequé disse que isso é função do secretário de Transportes, não dele.
Durante a reunião, na qual Prequé estava gravando sem conhecimento dos demais, um dos secretários municipais chegou a oferecer água ao vice-prefeito, pois ele estava “suando muito, tremendo e aparentando nervosismo”.
Depois que o vice-prefeito divulgou o áudio, começou a ser apelidado em redes sociais de “Sérgio Machado de Gravatá”, em alusão ao ex-presidente da Transpetro, que gravou conversas, também sem conhecimento dos demais presentes, de Renan Calheiros, Romero Jucá e do ex-presidente José Sarney.
Gravatá está sob intervenção desde novembro de 2015.
O interventor foi recebido pela população com fogos e “buzinaço”, após o Tribunal de Justiça, por unanimidade, afastar o prefeito Bruno Martiniano (PTdoB).
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