Os desembargadores da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região decidiram, por unanimidade, negar o pedido de habeas corpus da defesa do empresário Apolo Santana Vieira, um dos presos preventivamente há duas semanas na Operação Turbulência.
Os magistrados acompanharam o voto do relator do caso, Ivan Lira de Carvalho.
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Para Ivan Lira, o empresário tem participação direta ou indireta em empresas envolvidas na organização criminosa investigada pela operação.
A Turbulência começou no início do ano, com a apuração da compra do jatinho usado pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) durante a campanha presidencial em 2014, o mesmo do acidente aéreo que o matou, e investiga um esquema de lavagem de dinheiro que supostamente desviou verbas da Petrobras e da Transposição do Rio São Francisco. » Agora na Operação Turbulência, FBC volta a ser citado em suposto esquema para campanha de Eduardo Campos » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador Apolo Santana foi preso em uma academia da Zona Sul do Recife e ouvido na Superintendência da Polícia Federal, na área central da cidade.
Depois, foi encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana.
Inicialmente ficou preso em cela especial por ter informado ter curso superior, mas, sem apresentar o diploma para comprovar a formação, foi transferido para um pavilhão comum.
Os empresários João Carlos Lyra de Melo Filho e Eduardo Freire Bezerra Leite, presos no aeroporto de Guarulhos, também entraram com pedido de habeas corpus no TRF5.
Porém, a solicitação deles ainda não foi julgada e não há previsão para isso.
Outro acusado que também está no Cotel, Arthur Lapa Rosal, não entrou com pedido de liberdade. » Motel onde Paulo César Morato foi encontrado morto passa por nova perícia » SDS confirma envenenamento de Paulo César Morato » Corpo de Paulo César Morato é enterrado em Barreiros O último alvo, Paulo César de Barros Morato, foi encontrado morto em um motel em Olinda no dia seguinte à ação da Polícia Federal.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) confirmou que exames encontraram ‘chumbinho’ no corpo do empresário, mas ainda não divulgou se ele foi vítima de homicídio, se matou ou teve morte natural.
As investigações estão sendo presididas pela delegada Gleide Ângelo.