O presidente interino Michel Temer (PMDB) afirmou, em entrevista publicada nesse fim de semana, que privatizará todas as empresas públicas federais “na medida do possível”, a partir do ano que vem.

Em recente palestra, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também confirmou que o atual governo pretende vender as estatais federais com o objetivo de arrecadar recursos para o Tesouro Nacional. “Isso era um risco sabido: o de privatizarem o que sobrou do nosso patrimônio.

Agora, o presidente sem voto confirma que vai vender nossas empresas para fazer caixa para o mercado financeiro. É um retrocesso completo.

Não se brinca com o patrimônio público de um país.

Deixar essa farsa do impeachment avançar é perder tudo pelo que trabalhamos arduamente durante anos. É entregar tudo aos entes privados”, reclamou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE). “Temer já solicitou que todos os seus ministros façam um levantamento de tudo o que pode ser privatizado em suas pastas.

O governo interino prevê a arrecadação de quase R$ 30 bilhões com a venda de diversas empresas.

Na lista, já é dada como certa a venda da Caixa Seguridade, IRB, participações da Infraero em aeroportos e concessões de rodovias, portos e aeroportos”. “O objetivo, segundo o governo interino, é que essas privatizações e concessões ajudem a fazer caixa para o Governo Federal nos próximos anos.

Temer também está pressionando gestores estaduais a vender seus ativos para pagar dívidas com a União.

Um presidente não pode achar que vendendo todos os bens do país vai resolver os problemas econômicos.

E quando não tivermos mais estatais para vender?

O que ele vai fazer?

Temer deveria ter uma política econômica séria e eficaz que ajudasse a reduzir gastos, e não entregar nosso patrimônio nas mãos de empresas privadas”, disse Humberto.