Sem alarde, após 12 dias no Instituto de Medicina Legal (IML), o corpo do empresário Paulo César Morato, foragido da Operação Turbulência, foi sepultado no Cemitério Municipal São Miguel, na cidade de Barreiros, Zona da Mata Sul do Estado, na tarde desse domingo (3).

A informação foi confirmada pela Prefeitura da cidade à TV Jornal.

No domingo (3), a esposa do empresário esteve no IML para assinar o livro de liberação do corpo, que foi enterrado no túmulo da família.

No último dia 22, o corpo de Morato foi encontrado no Motel Tititi, em Olinda, Região Metropolitana do Recife.

Paulo era foragido da Operação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro que supostamente abasteceu campanhas do ex-governador Eduardo Campos (PSB).

LEIA MAIS: » Motel onde Paulo César Morato foi encontrado morto passa por nova perícia » Três dos quatro presos na Operação Turbulência entraram com habeas corpus » Provas usadas na Operação Turbulência são de inquérito sobre suposta propina na campanha de Eduardo Campos em 2010 Foto: Cortesia A Secretaria de Defesa Social (SDS) já confirmou seu envenenamento por organofosforado, popularmente conhecido como “chumbinho”.

Em nota, a SDS ainda informou que resta ser concluída a perícia das imagens do circuito interno e esclarecer detalhes sobre o local da morte.

No sábado (2), a Polícia Civil de Pernambuco voltou ao motel para dar continuidade ao trabalho de investigação da morte do empresário.

De acordo com informações passadas à Rádio Jornal, os policiais foram ao local para fazer imagens de todo o estabelecimento.

Durante a manhã, a imprensa permaneceu em frente ao local, entretanto, a equipe da polícia saiu do motel sem se pronunciar.

A delegada responsável pelo caso, Gleide Ângelo, e a perita Vanja Coelho estiveram no local.

Uma coletiva deve ser realizada nesta tarde, para que sejam apresentadas novas informações.

Foto: Twitter JC Online » Empresário foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em motel de Olinda » Papiloscopista defendeu nova perícia; Polícia Civil admite falha de comunicação » Agora na Operação Turbulência, FBC volta a ser citado em suposto esquema para campanha de Eduardo Campos De acordo com funcionários do motel, o empresário deu entrada por volta do meio-dia ainda do dia 21, poucas horas após o cumprimento dos outros quatro mandados de prisão preventiva.

Mais de vinte e quatro horas depois, sem conseguir contato com ele, a administração chamou a Polícia Militar.

Até então não se sabia que Morato era procurado pela Polícia Federal.

TURBULÊNCIA A ação da Polícia Federal foi para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que supostamente abasteceu campanhas de Eduardo Campos.

A investigação começou no início do ano, com a apuração sobre a compra do jatinho usado pelo socialista na campanha presidencial de 2014.

Eduardo morreu na queda do mesmo avião. » Turbulência: deputado entra com representação para que PF investigue morte de foragido » Homicídio é praticamente descartado pela polícia em caso de foragido da Operação Turbulência encontrado morto Apontado como ’testa de ferro’ da organização, Morato era o dono da Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem, empresa que recebeu R$ 18,8 milhões da construtora OAS.

Para a Polícia Federal, há indícios de que o dinheiro tenha sido desviado das obras da Transposição do Rio São Francisco supostamente para a campanha presidencial de Eduardo Campos. » Carro de empresário encontrado morto será leiloado com outros bens apreendidos pela Operação Turbulência após investigação » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador » Com máquina do IML em manutenção, exame no corpo de foragido da Operação Turbulência foi feito na Paraíba No curso da Operação Turbulência foram cumpridos quatro mandados de prisão.

Foram presos os empresários João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Apolo Santa Vieira e o advogado Arthur Roberto Lapa Rosal.

O quinto mandado de prisão era de Paulo César de Barros Morato.