Uma mensagem apreendida pela Polícia Federal no celular do empresário Léo Pinheiro, sócio da OAS, aponta que a empreiteira conquistou uma obra de cerca de R$ 1 bilhão na Guiné Equatorial “com ajuda do Brahma”.

LEIA TAMBÉM: » Moro ‘reativa’ todos os inquéritos contra Lula » Lula e Waldir Maranhão se unem contra Cunha, diz coluna » ‘Lula será candidato em 2018’, afirma Dilma a publicação francesa De acordo com o jornal Folha de S.

Paulo, esse era o codinome usado pelo empresário para designar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo interpretação da Polícia Federal em análises feitas na Lava Jato.

Ainda segundo a publicação, a obra se trata de uma estrada de 51 quilômetros que liga a capital da Guiné Equatorial, Malabo, a Luba, os dois principais portos daquele País africano.

Bancada pelo governo, a obra foi contratada por US$ 320 milhões, o equivalente a pouco mais de R$ 1 bilhão. » Empresário ligado a Lula é alvo de ação de busca e apreensão » Lula tenta ganhar tempo e manter inquéritos da Lava Jato no STF » Lula entra com representação contra Sérgio Moro, alegando violações de seus direitos A mensagem foi enviada em 31 de janeiro de 2013 pelo diretor de Relações Institucionais da OAS em Brasília naquela época, Jorge Portes, para Pinheiro.

O objetivo da mensagem era que Pinheiro conseguisse, com a ajuda de um ministro cujo nome não é citado, que a presidente Dilma Rousseff colocasse a pedra fundamental da estrada.

O diretor da OAS dizia que a obra ficava ao lado do aeroporto onde Dilma desembarcaria em fevereiro de 2013.

Ela visitou o país naquele mês, quando perdoou uma dívida de R$ 27 milhões do país, mas não há notícias de que tenha atendido o desejo do executivo da OAS. » Lula deve ser denunciado criminalmente nas próximas semanas » Cunha diz que foi à África 37 vezes em dois anos para vender mercadorias » Lula pede que Teori informe MPF sobre supostos abusos do juiz Sérgio Moro O suposto lobby de Lula para empreiteiras brasileiras na África é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, em uma apuração paralela à Operação Lava Jato.