Além da família Moura Dubeaux, a operação da Polícia Federal deflagrada em meio à Operação Lava Jato, na manhã desta sexta-feira (1º), batizada de Sépsis, tem como um de seus alvos Benjamim Ugiette, funcionário do grupo JBS.
Benjamim é o responsável pelo escritório da Friboi em Pernambuco.
Com o mandato de busca e apreensão, os agentes da PF levaram pen drive e o computador do executivo.
No plano nacional, a PF realizou buscas na sede do grupo e na casa de seu dono, Joesley Batista, em São Paulo.
A JBS não é alvo da operação.
No total, estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, sendo 12 em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, três em Pernambuco e dois no Distrito Federal.
A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavaski, relator da Lava Jato, e tem como base a delação do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto, aliado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Há suspeitas de que a JBS tenha pago propina, por meio de Funaro, para obter recursos do fundo de investimentos do FGTS, liberados por influência de Cleto.
As buscas da PF na sede do grupo J&F, controlador da JBS, concentraram-se na empresa Eldorado Brasil Celulose, que se beneficiou de recursos do FGTS e está no alvo das suspeitas dos investigadores.
Em 2012, a empresa fez uma emissão de debêntures (títulos de dívida) de R$ 940 milhões e o FI-FGTS fez aportes nessas debêntures.
Cleto afirmou em sua delação que havia um esquema de pagamentos de propina para liberação de recursos do FI-FGTS e que o dinheiro era dividido entre ele, Cunha e Funaro.