Foi concluído na manhã desta quinta-feira (30), de acordo com fonte da Rádio Jornal, o laudo médico que aponta a causa morte do empresário Paulo César Morato, de 49 anos. Único foragido da Operação Turbulência, o corpo dele foi encontrado no último dia 22 em um motel em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, um dia depois de a ação ser deflagrada.

Até o momento a Secretaria de Defesa Social (SDS) não confirma o envenenamento.

De acordo com informações não oficiais, a morte de Morato foi causada por uma substância chamada de organofosforados, mais conhecida como chumbinho.

No início da tarde, a Folha de Pernambuco publicou a informação de que a causa da morte do empresário foi por envenenamento.

A informação deverá ser passada oficialmente em entrevista coletiva pela chefe da Polícia Científica, Sandra Santos.

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A investigação começou no início do ano, com a apuração sobre a compra do jatinho usado pelo socialista na campanha presidencial de 2014.

Eduardo morreu na queda do mesmo avião. » Empresário foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em motel de Olinda » Papiloscopista defendeu nova perícia; Polícia Civil admite falha de comunicação » Turbulência: deputado entra com representação para que PF investigue morte de foragido » Homicídio é praticamente descartado pela polícia em caso de foragido da Operação Turbulência encontrado morto De acordo com funcionários do motel, o empresário deu entrada por volta do meio-dia ainda do dia 21, poucas horas após o cumprimento dos outros quatro mandados de prisão preventiva.

Mais de vinte e quatro horas depois, sem conseguir contato com ele, a administração chamou a Polícia Militar.

Até então não se sabia que Morato era procurado pela Polícia Federal.

Apontado como ’testa de ferro’ da organização, Morato era o dono da Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem, empresa que recebeu R$ 18,8 milhões da construtora OAS.

Para a Polícia Federal, há indícios de que o dinheiro tenha sido desviado das obras da Transposição do Rio São Francisco supostamente para a campanha presidencial de Eduardo Campos. » Carro de empresário encontrado morto será leiloado com outros bens apreendidos pela Operação Turbulência após investigação » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador » Com máquina do IML em manutenção, exame no corpo de foragido da Operação Turbulência foi feito na Paraíba Quatro empresários chegaram a ser presos no dia em que a Operação Turbulência foi deflagrada.

Todos eles estão no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife.

A defesa de três deles - Apolo Santana Vieira, João Carlos Lyra de Melo Filho e Eduardo Bezerra Leite- entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

O caso de Apolo deve ser apreciado pelo desembargador Ivan Lira, enquanto o dos outros dois foi remetido ao Ministério Público Federal (MPF).