Sem alarde, ainda em maio passado, o Ministério Público de Pernambuco instaurou processo de investigação criminal contra o prefeito afastado de Gravatá, Bruno Martiniano (PTdoB), e mais oito pessoas pela falta de recolhimento da contribuição previdenciária ao IPSEG, a previdência municipal, referente aos anos de 2013 e 2014.

O suposto crime praticado teria sido o de apropriação indébita de mais de R$ 2 milhões dos servidores aposentados do município.

Entre os denunciados estão os ex-secretários do Governo Martiniano dos três anos que o prefeito afastado administrou a cidade.

Encabeçam a lista a esposa de Bruno, Paula Martiniano, que chefiou a Assistência Social, e Aglaine Oliveira, ex-titular da Saúde.

Os dois secretários de Finanças apontados como braços direitos de Bruno em diferentes épocas também figuram na lista: Marcelo Gaston e Gabriel Tenório.

Ivan da Farmácia, ex-secretário de Saúde, também foi denunciado pelo MPPE; assim como Marcelo José de Oliveira Cruz Filho (Administração), Rosineide Raimundo dos Santos Roque (Finanças) e Dênis Costa Oliveira (Saúde).

Se condenados, além da perda dos direitos políticos e inabilitarão para exercício de função pública por cinco anos, os réus podem ser presos.

Quem assina a denúncia é o próprio procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Carlos Guerra, em despacho de 18 de maio.

Mesmo com as denúncias, Bruno Martiniano tem dito que será candidato a prefeito novamente em 2016.

Ele é filiado ao PTdoB, presidido no Estado pelo deputado federal Sílvio Costa, aliado da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e do senador Armando Monteiro Neto (PTB).