Sem alarde, o Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) pediu a abertura de auditoria especial na Fundarpe e Empetur de janeiro de 2015 até junho deste ano para “apurar a eventual existência de comissões ilícitas cobradas de artistas por agentes públicos ou empresários intermediadores de shows e eventos”.

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Estatais negam O pedido do MPCO foi baseado em áudio divulgado pelos cantores André Rio e Cezzinha, no grupo de whatsapp “Artistas Unidos por Pernambuco”, na semana passada.

O MPCO considera que, caso comprovadas as denúncias, haverá “infração, em tese, aos princípios da moralidade, legalidade, probidade e eficiência nas inexigibilidades de licitação promovidas pelo órgão, com potencial desvio de recursos públicos e prejuízos ao erário”. » Sanfoneiro Cezzinha diz que prática é antiga e pede mobilização » Maciel Melo e Petrúcio Amorim afirmam que seus shows são dentro da legalidade » Secretário de Turismo pede nomes e provas, promete investigar e diz que vai processar denúncias inverídica Ministério Público de Contas pede abertura de auditoria especial na FUNDARPE e EMPETUR de Portal NE10 Na petição, o MPCO registrou que o TCE não tem sido omisso em relação a irregularidades com shows de artistas.

Citando o “escândalo dos shows fantasmas”, revelado pelo órgão em 2009, bem como a gestão da Empetur entre 2011 e 2014, que teve parte de suas contas rejeitadas, o MPCO destacou que o TCE “cumpriu e cumpre seu papel constitucional neste tema”. » Ministério Público pede explicações a prefeito sobre cachê de Safadão em Caruaru » Gestão José Queiroz explica valor elevado para cachê de Wesley Safadão no São João » Felipe Carreras disse esperar retratação de artistas que acusaram Empetur e Fundarpe Na peça, o MPCO revela que fez uma representação criminal contra a gestão anterior da Empetur, até 2014, dirigida ao Ministério Público do Estado.

Os pedidos do MPCO estão, neste momento, em análise no gabinete da conselheira Teresa Duere, relatora das contas da Fundarpe e Empetur.

Caso aberto o processo, os técnicos do TCE serão autorizados a fazer uma auditoria nas contratações de artistas.

INVESTIGAÇÃO A Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público Federal estão investigando uma “máfia” dedicada a fraudar a compra e venda de shows públicos de grandes artistas em Pernambuco e mais oito estados.

Segundo levantamento obtido pelo colunista do site UOL Ricardo Feltrin, o volume de dinheiro obtido por meio de fraude na contratação, superfaturamento de cachês ou infraestrutura pode passar do valor de R$ 100 milhões apenas nos últimos três anos. » Justiça suspende show do Wesley Safadão no São João de Caruaru » Ministério Público pede explicações a prefeito sobre cachê de Safadão em Caruaru » Prefeito de Camaragibe afirma que gastou em todo o São João metade do que show de Safadão Além de Pernambuco, há investigações em curso nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Pará, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.

Somente no interior de São Paulo há R$ 15 milhões já bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público Federal.