A delegada Gleide Ângelo afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (27), que a perícia papiloscópica da morte do empresário Paulo César de Barros Morato, foi feita ainda na noite da última quarta (22) e que assinou o ofício solicitando o laudo da apuração na madrugada da quinta (23), após deixar o local da ocorrência e chegar à delegacia para elaborar os documentos.

Morato era o único foragido da Operação Turbulência, deflagrada na terça (21).

Mais cedo, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) divulgou o documento assinado por ela na madrugada pedindo a perícia papiloscópica.

A entidade havia publicado no fim de semana uma nota afirmando que peritos foram proibidos de fazer o trabalho na manhã de quinta, o que foi negado pela Secretaria de Defesa Social (SDS).

A delegada rebateu esta tarde a denúncia e disse que todas as perícias foram feitas na noite em que o corpo de Morato foi encontrado.

LEIA TAMBÉM » Homicídio é praticamente descartado pela polícia em caso de foragido da Operação Turbulência encontrado morto » Carro de empresário encontrado morto será leiloado com outros bens apreendidos pela Operação Turbulência após investigação Gleide Ângelo explicou que estava de plantão na Força-Tarefa de Homicídios e não foi a primeira a chegar ao motel onde o empresário morreu. “O plantão do Varadouro foi o primeiro a ir, acionaram o IML (Instituto de Medicina Legal) e, depois que descobriram que era uma pessoa procurada pela Polícia Federal, acionaram a força-tarefa.

Só se faz perícia no local quando há indicativo de crime e era uma pessoa dormindo, tanto que os funcionários acharam que fosse morte súbita”, afirmou a delegada. » Empresário foragido da Operação Turbulência é encontrado morto em motel de Olinda De acordo com a Gleide Ângelo, quando os policiais chegaram ao local, o corpo de Morato já havia sido preparado pelo IML para ser recolhido e muita gente havia passado pelo quarto. “Muita gente passou lá, houve violação do local.

Não por má vontade mas porque eles acharam que era uma morte natural”, acrescentou.

A perita Vanja Coelho também ressaltou que o ambiente não preservava as características do momento da morte do empresário. “Eu entrei num local inidôneo”, frisou durante a coletiva. “Tudo foi feito dentro dos conhecimentos de 36 anos de perícia”, disse ainda.

A responsabilidade sobre o trabalho foi dividida com o perito Lauro Macena, que comandou a perícia papiloscópica. » Provas usadas na Operação Turbulência são de inquérito sobre suposta propina na campanha de Eduardo Campos em 2010 » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador Além da papiloscópica, que analisa as impressões digitais encontradas no local onde o corpo foi encontrado, está sendo feita a toxicológica pelo IML, para saber se Morato pode ter sido envenenado.

Por causa desses exames, o corpo dele deve ser liberado somente na quarta (29) ou na quinta (30).

Ainda será analisado o material dos copos e da garrafa encontrados no quarto.

Vanja Coelho ratificou o que havia sido divulgado pela SDS: os peritos que estiveram no motel na quinta-feira não se comunicaram com ela ou com Gleide Ângelo, que preside o inquérito sobre a morte de Morato. “O local estava liberado.

Não havia mais nenhuma necessidade.

O que precisava ser feito foi feito”, afirmou a perita. » Agora na Operação Turbulência, FBC volta a ser citado em suposto esquema para campanha de Eduardo Campos » PF apreende dinheiro, carros de luxo e armas na Operação Turbulência