Por Paulinho da Força, presidente da Força Sindical, deputado federal por São Paulo e presidente nacional do partido Solidariedade A Força Sindical, diante do recessivo quadro econômico que o País atravessa, está atenta às Campanhas Salariais das categorias com data-base neste segundo semestre, que, além da costumeira intransigência patronal, terão de aturar as desculpas esfarrapadas dos patrões, que vão insistir em culpar a crise para não reajustar decentemente os salários.

As campanhas do primeiro semestre já foram muito complicadas.

Muitas categorias conseguiram apenas a reposição da inflação do período.

Outras nem isto!

Não é justo que sejamos sempre nós, trabalhadores, a arcar com o ônus de uma crise que não foi por nós provocada.

Se os patrões estão enfrentando dificuldades para tocar suas empresas, imaginem nós, que dependemos apenas do nosso salário – que, aliás, não acompanha a inflação – para manter o sustento de nossas famílias.

E ainda temos de conviver, diariamente, com a insegurança do fantasma do desemprego rondando nossos lares.

Sabemos que vamos encontrar sérias dificuldades nas negociações com o patronal, por isto temos de estar firmes em nossos propósitos e ir até o fim em defesa dos nossos direitos.

Os patrões estarão intransigentes em seus posicionamentos mesquinhos e dispostos a não ceder.

Por isto, é de suma importância que intensifiquemos nossa união e nosso poder de mobilização, fatores decisivos nas negociações.

Se preciso for, vamos cruzar os braços e parar máquinas pelo tempo necessário até que nossos objetivos sejam alcançados.

Importantes categorias do mundo do trabalho têm data-base neste segundo semestre, como metalúrgicos, químicos, comerciários, têxteis, hoteleiros, rurais, costureiras, alguns setores da alimentação, trabalhadores em edifícios e da saúde, entre outras.

A luta será árdua, e o que está em jogo é a nossa própria sobrevivência e a de nossos familiares.

Não podemos nos curvar aos patrões e aceitar passivamente as migalhas que eles sempre nos propõem nas Campanhas Salariais.

União e mobilização são as palavras-chave para abrirmos as portas da nossa vitória!