Por Marcela Balbino, do Jornal do Commercio A pedido da Polícia Civil do Estado, a administração do motel localizado em Olinda vai disponibilizar as imagens internas da câmera de segurança que mostram o empresário Paulo César Barros Morato chegando sozinho ao estabelecimento.

Foragido desde a terça-feira (21), ele era o último dos cinco suspeitos de ter encabeçado o esquema de lavagem de dinheiro investigado na Operação Turbulência, da Polícia Federal.

Morato foi encontrado morto no motel nessa quarta-feira (23) sem sinais evidentes de sangue ou violência.

O corpo está no Instituto de Medicina Legal (IML), onde passará por autópsia para investigar o motivo da morte.

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O advogado do estabelecimento, Higínio Luís Araújo Marinsalta, explicou que o empresário deu entrada por volta do meio-dia da terça-feira e não fez nenhum tipo de solicitação.

Ele chegou só e o que levantou a suspeita entre os funcionários foi o fato dele não ter dado sinal após 24 horas. “Isso levantou a desconfiança se ele tinha renovado a diária ou algo do tipo.

Então, entraram em contato com ele no quarto e o encontraram sem vida”, contou.

Após a constatação, a polícia foi chamada ao local.

O único consumo que Morato fez foi de água. “O esquema de câmera de segurança foi disponibilizado pela polícia”, afirmou. » PF apreende dinheiro, carros de luxo e armas na Operação Turbulência » Provas usadas na Operação Turbulência são de inquérito sobre suposta propina na campanha de Eduardo Campos em 2010 A Polícia Civil deve se pronunciar hoje acerca da morte do empresário Paulo César de Barros Morato, que era considerado foragido pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em um esquema milionário de corrupção que teria ajudado a financiar campanhas do ex-governador Eduardo Campos (PSB) desde 2010.

O empresário é apontado como proprietário da empresa Câmara & Vasconcelos e uma das pessoas que teriam emprestado dinheiro a João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho – preso pela PF – para que o jato Cessna, em que Eduardo Campos estava quando morreu, fosse comprado. » Envolvido na Operação Turbulência é preso enquanto malhava em academia no Recife » Agora na Operação Turbulência, FBC volta a ser citado em suposto esquema para campanha de Eduardo Campos Dois delegados da Polícia Civil foram designados para investigar o caso.

A delegada Gleide Ângelo, da Delegacia de Homicídios de Olinda, e o delegado Jorge Ferreira, da Delegacia do Varadouro, estiveram no local, mas não falaram com a imprensa ao deixarem o motel.

Gleide afirmou apenas que não estava autorizada a passar informações sobre o caso naquele momento. » Operação Turbulência: advogado diz que Aldo Guedes não fez delação premiada » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador