Em entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (22), o governador de Pernambuco e atual primeiro vice-presidente do PSB, Paulo Câmara, afirmou que acredita na “total inocência do ex-governador Eduardo Campos”.
Operação Turbulência da Polícia Federal deflagrada nessa terça-feira (21) investiga suposto esquema de arrecadação de recursos ilícitos para as campanhas de Campos (PSB) em 2010, à reeleição do Governo de Pernambuco, e em 2014, à Presidência. “É importante que investigação prossiga nós somos os primeiros a querer que isso seja esclarecido.
Mas todos nós do PSB acreditamos na total inocência de Eduardo Campos e temos certeza que tudo será esclarecido”.
Foto: Reprodução A Operação Turbulência foi deflagrada para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro descoberto após a investigação da compra do jatinho que transportava o ex-governador durante a campanha presidencial de 2014.
Segundo a PF, o esquema teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.
A PF constatou que as empresas eram de fachada, constituídas em nome de “laranjas”.
As transações eram feitas entre as próprias empresas fantasmas e também envolvendo algumas ligadas à Operação Lava Jato.
Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras.
Ouça a íntegra da entrevista: O PSB saiu em defesa de Eduardo Campos e rebateu irregularidades na campanha socialista.
Em nota, assinada pelo presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro, Carlos Siqueira, defendeu a imagem do ex-governador do Estado. “A direção nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB, em face da Operação Turbulência, da Polícia Federal, noticiada hoje (21) pela imprensa, informa à sociedade brasileira ter plena confiança na conduta do nosso querido e saudoso Eduardo Campos, ex-presidente e ex-governador de Pernambuco”, diz trecho da nota.
TEMER Sobre o governo interino de Michel Temer (PMDB), Paulo Câmara afirmou que está confiante com a gestão que, segundo ele, já vem dando novos ânimos à economia. “Qualquer falha na economia afeta a confiança e a confiança é um fator preponderante para o Brasil voltar a crescer.
Hoje o grande problema do Brasil é a contaminação da política pelo ambiente econômico”. “Mas isso só vai se resolver quando se decidir pela permanência ou não do presidente interino”, completou.