Com informações do Correio Braziliense Através de informações obtidas pelas investigações da Operação Turbulência, o Ministério Público Federal (MPF) atestou que o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, preso nessa terça-feira (21) pela Polícia Federal, foi encarregado de entregar propina devida pela construtora Camargo Correia ao ex-governador Eduardo Campos (PSB) e ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Lyra é um dos donos do jatinho usado por Campos na campanha presidencial de 2014, cuja compra deu origem à operação, e teria sido reconhecido por ex-funcionários da empreiteira.
As informações são do jornal Correio Braziliense, que teve acesso ao inquérito policial.
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Foi também reconhecido pelos ex-empregados da Camargo Correia como sendo a pessoa encarregada de entregar a propina devida por aquela empreiteira ao ex-governador Eduardo Campos e ao senador Fernando Bezerra Coelho em virtude das obras na refinaria Abreu e Lima.
Apresenta-se formalmente como único adquirente do avião PR-AFA, embora tal transação não tenha sido formalizada. É detentor de expressivo patrimônio abrangendo veículos, lanchas e motos aquáticas (jet skis), sendo detectada elevação patrimonial imcompatível com a renda declarada por ele nos anos de 2010 a 2013, o que salta aos olhos especialmente diante da constatação de que a empresa por ele alegada como sua fonte de renda, a JCL Fomento Mercantil, é “fantasma”, não funcionando no endereço do registro”, diz o trecho do inquérito divulgado pelo Correio Braziliense.
Nesse trecho, o procurador Cláudio Henrique Dias detalha o suposto esquema de pagamento aos socialistas, em parecer encaminhado à juíza da 4ª Vara Federal Amanda Torres Lucena da Justiça Federal.
A magistrada expediu o mandado de prisão contra Lyra. » Sílvio Costa ataca PSB e cobra explicações sobre Operação Turbulência » PF apreende dinheiro, carros de luxo e armas na Operação Turbulência A PF iniciou a operação após investigação sobre a compra do avião usado por Eduardo Campos e descobriu, após análise de conteúdos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Justiça Federal e da movimentação de quase 20 contas bancárias, um esquema de lavagem de dinheiro que pode estar ligado às campanhas do ex-governador em 2010 e 2014.
O Blog de Jamildo procurou a Polícia Federal em Pernambuco, que não confirmou as informações nem a divulgação do inquérito, que vazou.
Em nota, o PSB defendeu Eduardo Campos e negou ‘caixa 2’.
Fernando Bezerra Coelho negou envolvimento no caso e repudiou a vinculação do nome dele ao esquema. » Envolvido na Operação Turbulência é preso enquanto malhava em academia no Recife » Empresa que comprou jatinho usado por Eduardo Campos está em nome de um pescador » PF investiga compra de jatinho que transportava Eduardo Campos em campanha presidencial e esquema milionário de lavagem de dinheiro