Agência Brasil - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta quarta-feira (22) o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva em um dos inquéritos da Operação Lava Jato.

De acordo com o procurador, o deputado “intermediou a solicitação” de R$ 10 milhões para que o ex-senador Sérgio Guerra (PEDB-PE), que morreu em 2014, e a bancada do partido barrasse as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em 2009.

LEIA TAMBÉM » Supremo autoriza e Sérgio Moro investigará Eduardo da Fonte » Em rede social, Eduardo da Fonte diz que vota a favor do impeachment Segundo a denúncia, em novembro de 2009 o deputado participou de uma reunião, na qual o pagamento de propina foi tratado para que CPI aprovasse um relatório genérico, sem a responsabilização de pessoas.

Estavam presentes à reunião o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, Sérgio Guerra, Eduardo da Fonte e um represente da empreiteira, conforme informação da procuradoria. » Lula tenta ganhar tempo e manter inquéritos da Lava Jato no STF » Janot pede arquivamento de inquérito contra Renan na Lava Jato Na denúncia, Janot recomenda a perda do mandato do parlamentar e o pagamento de indenização no valor de R$ 10 milhões.

RESPOSTA - Por meio de nota, a assessoria do deputado informou que a denúncia do Ministério Público Federal “será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal”.

A nota diz ainda que “anota-se, todavia, desde logo, que os membros da CPI, que, hipoteticamente se teria desejado encerrar, ofereceram, no 25/11/2009, com a CPI em andamento, 18 representações a esse mesmo Ministério Público acusador, diretamente ao seu chefe, solicitando a adoção das providências necessárias à apuração das notícias de crime identificadas no decorrer dos trabalhos da comissão, em especial as pertinentes às obras da refinaria Abreu e Lima”. » Teori devolve para Janot pedido de investigação contra Dilma na Lava Jato » Lava Jato cobra R$ 80 milhões de Eduardo Cunha