Silvio Costa, em artigo enviado ao Blog de Jamildo O governo provisório de Michel Temer, do PMDB, já está caracterizado como o de maior irresponsabilidade fiscal da história do Brasil.

Em pouco mais de 30 dias de gestão, Temer autorizou um rombo de, aproximadamente, R$ 120 bilhões nas contas da União.

Para fazer política com os servidores públicos federais, isto foi dito pelo próprio Michel Temer, o presidente interino autorizou a sua base provisória a aprovar projetos de aumento salarial que vão impactar em R$ 67 bilhões nos cofres públicos.

Para fazer média com os governadores, Temer não resolveu o problema dos Estados, apenas o adiou para 2017.

De forma irresponsável, decidiu que os Estados não pagarão os juros da dívida durante o ano de 2016.

Esta bondade vai custar a bagatela de R$ 50 bilhões aos cofres da União.

Não parou por aí a sangria.

De maneira esdrúxula, atendeu ao decreto inusitado de “Calamidade Pública” na administração apresentado pelo governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, provocando mais um rombo de R$ 3 bilhões nos cofres públicos da União.

Não sei até quando o mercado vai continuar acreditando que este governo ilegítimo de Michel Temer tem compromisso com o ajuste fiscal. É lamentável que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, uma espécie de lantejoula econômica de Michel Temer, tenha se tornado refém da base política do seu governo provisório.

Custa-me acreditar que o ministro Henrique Meirelles, que foi aplaudido pelo Setor Produtivo Brasileiro e também pela comunidade financeira internacional, esteja compactuando com tamanha irresponsabilidade fiscal.

Por outro lado, este governo provisório mostra que não tem compromisso com os menos favorecidos, com a política para a maioria que ascendeu socialmente milhões de brasileiros.

Semana passada, todos os brasileiros e brasileiras que necessitam do bolsa-família tiveram uma grande decepção ao chegarem na boca do caixa para sacar o seu benefício.

Todos já estavam contando com o aumento de 9% no auxílio, que foi concedido pela Presidente Dilma.

Isto iria custar aos cofres públicos em torno de R$ 2 bilhões/ano.

Mas, sem dar nenhuma explicação, o governo provisório de Michel Temer decidiu cancelar o referido aumento.

Definitivamente, este governo provisório de Michel Temer, para o bem do Brasil, não pode continuar.

Espero que os senadores da República tenham o bom senso e devolvam o mandato da Presidente Dilma que foi outorgado por 54 milhões de brasileiros.

Espero que os senadores consertem o erro histórico que foi cometido pela Câmara Federal naquele fatídico 17 de abril.

O Brasil será destruído se, eventualmente, Michel Temer continuar no poder.