A Polícia Federal afirmou, nesta terça-feira (21), que as empresas envolvidas na Operação Turbulência eram usadas para lavar dinheiro retirado da Petrobras e da Transposição do Rio São Francisco.
As investigações da PF se basearam em provas compartilhadas com inquéritos da Justiça Federal de Curitiba e do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato.
Uma dessas frentes é de apuração sobre suposta propina na campanha de reeleição de Eduardo Campos (PSB) ao Governo do Estado em 2010.
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Através das provas obtidas na Lava Jato e compartilhadas com a Turbulência, a PF descobriu que na campanha de 2014 a construtora OAS pode ter transferido R$ 18 milhões para o esquema de empresas de fachada para financiar campanha de Eduardo.
A verba foi transferida para a empresa de fachada Câmara e Vasconcelos Locação e Terraplanagem.
A OAS alega, porém, que o dinheiro seria para obras de terraplanagem da Transposição do Rio São Francisco.
LEIA TAMBÉM » PF investiga compra de jatinho que transportava Eduardo Campos em campanha presidencial e esquema milionário de lavagem de dinheiro » Envolvido na Operação Turbulência é preso enquanto malhava em academia no Recife O delegado Daniel Silvestre afirmou que o inquérito que está no STF é sobre uma possível doação ilícita para a campanha de 2010.
Teria havido pagamentos posteriores até ao período eleitoral, no primeiro semestre de 2011, provavelmente para dívidas de campanha, segundo a Polícia Federal.
Através de provas obtidas pela Justiça Federal no Paraná, foi descoberto o envolvimento de operadores financeiros ligados a empreiteiras no Recife. “Os operadores do Recife tinham consciência de que se tratava de produto de desvio”, defendeu o delegado.
Dezoito contas bancárias, a maioria delas de empresas e apenas duas de pessoas físicas, movimentaram o dinheiro.
Ao todo, a Polícia Federal calcula que R$ 600 milhões foram usados.
Dezessete delas têm sede em Pernambuco, principalmente na Região Metropolitana do Recife, e apenas uma em Goiás.
Há indícios, porém, de que havia braços da organização no Uruguai. » Agora na Operação Turbulência, FBC volta a ser citado em suposto esquema para campanha de Eduardo Campos Foram presos dois empresários no Recife: Apolo Santana Vieira e Arthur Roberto Lapa Rosal.
Outros dois estavam em São Paulo e foram trazidos para o Recife.
Segundo a PF, policiais acompanharam a viagem de Eduardo Freire Bezerra Leite e João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho para a cidade durante a madrugada e deram voz de prisão ao chegar ao destino.
Paulo César de Barros Morato não foi localizado e é considerado foragido.
Os presos devem ser indiciados por lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, de acordo com o nível de envolvimento no esquema.
Se condenados podem pegar penas que variam de 3 a 10 anos e de 3 a 8 anos de prisão, respectivamente. » Ouça a íntegra da coletiva de imprensa da Polícia Federal que explica o caso: Foram apreendidas três aeronaves, sendo dois helicópteros e um avião, com valor estimado em R$ 9 milhões.
Além disso, quatro carros de luxo e R$ 10 mil.
A PF conseguiu cumprir 35 mandados de busca e apreensão, 16 de coerção coercitiva e quatro de prisão.