Veja o breve discurso realizado na homenagem aos 10 anos do blog, na Alepe, nesta segunda Antes de tudo, agradeço a Deus por estar vivo e com saúde.

Pilotar um blog é atividade de alto risco, para a saúde física e mental.

Como exemplo de gratidão, depois de Deus, cito meus avós e pais de criação.

Seu Argemiro por ter me ensinado o valor da generosidade, sem esperar nada em troca.

Com Dona Carmem, o valor da integridade.

Neste dia tão especial, por falar em gratidão, não poderia começar essas breves palavras sem agradecer de público todo incentivo que recebo da jornalista Maria Luiza Borges, nas poucas horas que sobram da minha senhora. É ela que me inspira a ser uma pessoa melhor, todos os dias.

Costumo dizer, sem que as pessoas achem que estou exagerando, que ganhei na loteria sem jogar.

Graças ao Jornal do Commercio, vejam só que ironia do destino.

Quem me conhece sabe que evitei festas, ao longo de todos estes anos.

Se dependesse do meu amigo e irmão Nelci Campos, filho do herói pernambucano homônimo, haveria festa todos os anos.

Assim, para evitar as lembranças dos amigos, sempre dizia que antes de 10 anos o blog não estaria consolidado.

Se dependesse de mim, até os 10 anos poderiam passar em brancas nuvens.

O momento é de crise, é hora para se dedicar mais ainda ao trabalho, de modo que os grandes desafios sejam superados.

Ocorre que 10 anos são cercados de um forte simbolismo.

Alguns casamentos não duram tanto tempo… alguns governos que se pretendem eternos chegam a cair neste espaço de tempo.

Assim, agradeço a iniciativa do deputado Diogo Moraes, prova de que o blog chega ao menos no Agreste, com relativo sucesso.

Ao empresário João Carlos Paes Mendonça, dono do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, um agradecimento especial.

Os exemplos, diz o ditado, devem vir de cima.

João Carlos nos lidera pelo exemplo.

Não é retórica que o primeiro compromisso da empresa seja buscar ser honesto, justo e ético.

Queria dizer também que se o blog é um sucesso até hoje isso se dá porque é um trabalho de equipe.

Desde os primeiros passos na internet, já que vim do impresso, tive a ajuda e a compreensão de profissionais do quilate de Gustavo Belarmino e Juliana de Melo.

Ines Calado, mais do que editora do NE10, é uma parceira de todas as horas e projetos, emprestando sua inteligência e graça em todos os momentos críticos, como no período de eleições e a ponte com o UOL.

Neste momento, devo render homenagens também aos vários colaboradores que passaram pela plataforma.

Nomes como Cecília Ramos, Natalia Kozminski, Laura Farias, Carol Carvalho, que me deixou para ir para o Blog do Planalto.

Elder Lopes e Chico Ludermir.

Daniel Carvalho, que nos trocou pela Folha de São Paulo.

Na safra mais recente, gente boa como os repórteres Paulo Veras e Marcela Balbino, que recentemente nos abandonaram para trabalhar no JC.

No SJCC, a integração funciona na prática e vocês não sabem a minha felicidade em ver esses meninos crescerem e avançarem na vida profissional.

Não posso esquecer a bela Anna Tiago, que hoje está na OAB-PE.

Agora eu seu porque os advogados amam o blog.

Amanda Miranda e Cassio Oliveira, meus atuais auxiliares, sem demérito para quem já passou pelo blog, são uma das formações mais azeitadas que já tivemos.

São profissionais apaixonados pelo que fazem, sonho de consumo de qualquer editor.

São eles que possibilitam a mágica.

Sem eles, não poderia colocar tantos pratos para girar!

No compromisso da empresa, está lá consignado que devemos, além de trabalhar em equipe, desenvolver pessoas e, é assim, com uma ponta de orgulho, que os vejo depois de um estágio no blog crescendo como profissionais e seres humanos.

Muitos diziam odiar política na chegada.

Quando saem, não sabem mais viver sem ela. Ótimo que seja assim porque não podemos prescindir da política, da boa política.

Também gostaria de dividir essa homenagem com o jornalista César Rocha.

Foi dele a ideia de criar o então Blog do JC, vindo de Brasília, antes de partir para novos desafios.

César pilotou o blog pelos primeiros seis meses e deu o seu melhor, enfrentando incompreensões, possivelmente criadas pelo desconhecimento que a nova plataforma criava.

Até hoje enfrentamos incompreensões.

Agradeço também ao jornalista Laurindo Ferreira, hoje diretor de Redação do JC, que me convidou para assumir a coluna eletrônica, quando nem se falava em jornalismo digital, gostaria de agradecer a confiança.

Já contava com 40 anos então… colocar um dinossauro para movimentar-se no ambiente virtual era então uma temeridade.

Não estou seguro se, depois de dez anos, se pudesse voltar no tempo, não teria mudado de ideia.

Para mim, foi fácil.

A mudança de rumo na carreira foi motivada menos pela vaidade de ter um blog e mais pela vontade de fazer coisas diferentes.

Nunca gostei da ideia de me fossilizar, quero sempre estar apreendendo coisas novas, como o ambiente da internet permite e exige.

Pilotar um blog não é só glamour, também é sofrer com injustiças, invejas, ingratidões e traições, mas entrego tudo a Deus.

Como digo sempre, se agente não rir, amigo, adoce.

Eu prefiro sempre ver as coisas pelo aspecto positivo.

Alguns, com o tempo, podem sentir o desgaste.

No meu caso, como uma lança, estou mais afiado do que nunca.

Sucesso de crítica e de público, o Blog rompeu as fronteiras do Estado e repercute nacionalmente.

Nas últimas eleições estaduais, em um único novembro, foram 3 milhões de visitas.

Nos últimos meses, em meio à crise política nacional, batemos novos recordes, com 1 milhão e meio de visitas.

Nada disto seria possível se não tivéssemos jornalismo de qualidade, informações exclusivas, algumas delas bombásticas.

Por isto, agradeço de público às nossas queridas fontes, aos nossos colaboradores anônimos.

Assim, antes de concluir, gostaria também de reafirmar os princípios que nortearam o blog desde o começo: a defesa do interesse público e pluralidade.

O Blog continuará intutelável, sem amarras ideológicas.

Não adianta, não passarão.

Não tem mimimi que mude isto.

Tenho o orgulho de defender a livre iniciativa e a meritocracia.

Juro a vocês que não estou me achando, mas vejo que todo esforço feito até aqui valeu a pena!

Dito tudo isto, queria agradecer de coração a homenagem porque estou feliz com o reconhecimento público, é legal ter o trabalho reconhecido, ainda mais na Casa do Povo.

Sou grato a Assembleia Legislativa do Estado pelo gesto.

Por fim, agradecer as minhas amadas e queridas filhas Ana Luiza e Ana Carolina por toda a compreensão, com esse ofício ingrato chamado jornalismo, pelo tempo roubado ao convívio familiar.

Rezem muito pra não ter, em outra vida, pai jornalista.

E para não dizerem que não falei de Helena …

Helena, vovô te ama!