Com informações da Folha de S.

Paulo Por suspeita de liderar organização criminosa, a deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG) é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A parlamentar é aquela que, ao votar pela admissibilidade do pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), homenageou o marido, que acabou sendo preso no dia seguinte.

A apuração é se a suposta organização cometeu crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro.

LEIA TAMBÉM » Marido de deputada elogiado na sessão do impeachment na Câmara é preso pela Polícia Federal » Fraudes de prefeito homenageado por deputada atingiram 1,6 milhão de pessoas O marido da deputada, Ruy Muniz (PSB), prefeito afastado de Montes Claros, em Minas Gerais, também é acusado pelo Ministério Público Federal de comandar o esquema.

Segundo o MPF, a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica que os dois dirigem, tinha atividade empresarial, com lucros e rendas.

Para o órgão, os dois assumiram o comando da entidade para usar o certificado de beneficiência em escolas e cursos administrados por eles, fazendo com que as empresas tivessem isenções tributárias e imunidade.

De acordo com a investigação da Procuradoria-Geral da República o esquema funcionava a partir do momento em que o casal abria uma filial da Sociedade no mesmo endereço que a empresa, transferia o patrimônio da instituição para a Soebras, mudava os sócios para pessoas ligadas aos dois e mantinha a inscrição no CNPJ da empresa incorporada.

A entidade tem mais de 125 instituições de saúde e educação. » Reitero cada uma das palavras, diz deputada que elogiou marido preso pela PF À Folha de S.

Paulo, a assessoria de Raquel Muniz afirmou que “desconhece o inquérito citado e, portanto, não tem como se manifestar sobre os fatos.

Tão logo a deputada seja notificada pela Justiça prestará os devidos esclarecimentos”.

O marido dela negou envolvimento com irregularidades ao ser preso, em abril, logo após a votação da admissibilidade do impeachment.