O engenheiro Fábio Fiorenzano de Albuquerque afirmou ao Blog de Jamildo nesta quarta-feira (15) que considerou ’estranho’ o resultado do julgamento do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), que considerou procedente a denúncia contra ele de superfaturamento na construção de uma barragem em São Joaquim do Monte, no Agreste.

Ao contrário do que havia sido publicado pelo blog, Fabio, que é marido da vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT), não foi julgado pelas acusações de fazer, em vez de uma barragem, um barreiro e sem estudos ambientais; destas, Fiorenzano já havia sido inocentado.

LEIA TAMBÉM » Denúncia de suposto “superfaturamento” contra marido de Isabella de Roldão é julgada parcialmente procedente pelo TCE O TCE-PE considerou a obra foi superfaturada em R$ 42.254,91, o que equivale a 21,64% do valor contratado da obra.

Porém, a decisão do tribunal é de que Fiorenzano não terá que pagar multa ou restituição ao município.

O engenheiro afirma que houve erros, por exemplo, no momento em que foram apresentados valores divergentes em relação aos recursos da União e municipais - inicialmente havia sido apontado que a contrapartida de prefeitura foi de R$ 4.352,25, o que havia sido atribuído de débito para Fiorenzano antes desse julgamento, e depois a informação é de que foram R$ 199.998,18 da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e R$ 36.732,36 de dinheiro próprio. “Eu me julgo correto”, disse.

Fiorenzano frisou ainda que, apesar de ter sido absolvido das condenações de construir um barreiro e sem estudos, isso voltou a ser usado como argumento pelo procurador-geral Cristiano da Paixão Pimentel, contradizendo o parecer da procuradora Maria Nilda da Silva.

O engenheiro defendeu que auditorias mostraram que as características do empreendimento são de uma barragem e apresentou ao tribunal documentos como o relatório de impacto ambiental da obra, o RIMA, e o estudo de qualidade da água.

Pimentel defendeu que a denúncia deveria ser julgada procedente, em parte, considerando o superfaturamento.

Além disso, que deveria ser encaminhada ao Tribunal de Contas da União (TCU), para decidir sobre as verbas federais envolvidas na obra.

O engenheiro reclamou sobre a vinculação do nome dele com o da esposa, Isabella de Roldão, e o sogro, o ex-presidente da Arpe e conselheiro aposentado do TCE Roldão Joaquim (PDT). “Não sou político, nunca fui candidato nem a líder de torcida.

Sou um profissional liberal”, afirmou. “Isabella sabe que eu sou engenheiro, sabe sobre a minha profissão, mas não se mete.

Nem eu me meto na vida política dela”, acrescentou.