Estadão Conteúdo - A Organização das Nações Unidas (ONU) se queixa da falta de negros na cúpula do governo brasileiro e aponta que, com mais de 150 milhões de afrodescendentes na América Latina, essa população ainda está pouco representada nas decisões políticas.
Em discurso, o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Al Hussein se disse “preocupado com a baixa representação política de afrodescendentes na América Latina e no Caribe “.
LEIA MAIS: » Parlamento predomina em ministério de Michel Temer » Afastamento de Dilma “é um passo para o golpe”, diz grupo do Parlamento Europeu » Parlamentares pressionam Senado para dar andamento ao processo de impeachment “Existem cerca de 150 milhões de pessoas de descendência africana na região, somando quase 30% da população.
Eles são mais da metade da população do Brasil e mais de 10% da população de Cuba”, afirmou Zeid. “Mas sua representação nos altos níveis do governo, incluindo nos ministérios, é muito inferior”, alertou. » “Não fale em crise, trabalhe”, diz Michel Temer em discurso de posse » Temer pede que não se fala em crise e trabalhe.
Metroviários anunciam greve » Como o Ministério das Minas e Energia, agora com o grupo de FBC, poderia ajudar Pernambuco “A representação importa”, insistiu o jordaniano. “Esse déficit de representação na cúpula do poder afeta toda a sociedade: parlamentos, locais de trabalho no setor público e privado, escolas, tribunais, na imprensa - todos lugares em que às vozes dos afrodescendentes são dados muito pouco peso”, disse. » Veja perfil dos 23 ministros da equipe de Michel Temer » PT do Recife ironiza ministério dos “notáveis” de Temer » Posse de ministros de Temer confirma ausência de mulheres no primeiro escalão “As vozes, as escolhas, as experiências e os rostos dos afrodescendentes precisam ser melhor refletidos”, afirmou. “Peço que esses governos tomem ações para refletir a diversidade de sua população dos órgãos de tomadas de decisão, incluindo a consideração de políticas de ação afirmativa”, completou.