O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, condenado a 24 de anos de prisão em duas ações penais, fará delação premiada, segundo edição deste sábado (11) da revista “Veja”.
Preso há um ano e dois meses no Complexo-Médico Penal, na região metropolitana de Curitiba (PR), ele teria dito a outros detentos que não faria acordo com os procuradores da Lava Jato.
LEIA MAIS: » Moro também condena Vaccari, ex-tesoureiro do PT, por corrupção » Filho de Lula, Vaccari e Léo Pinheiro também são denunciados pelo MP de SP “Não posso delatar porque sou um fundador do partido.
Se eu falar, entrego a alma do PT.
E tem mais: o pessoal da CUT me mata assim que eu botar a cara na rua”, disse o ex-tesoureiro, conforme a publicação.
Vaccari mudou de postura, segundo a “Veja”, e emissários da família dele estão sondando advogados especializados no assunto, abordando até o teor de uma eventual delação. » Vaccari vai ficar em silêncio diante do promotor que investiga Lula » ‘Vou exercer o direito ao silêncio’, diz Vaccari a promotor que investiga Lula » Vaccari não faz juramento, fica calado e recebe vaias na CPI dos Fundos de Pensão Ainda, de acordo a reportagem, um dos tópicos que seriam oferecidos é a campanha eleitoral da presidente afastada Dilma Rousseff de 2014, incluindo provas documentais.
O texto afirma que o líder do PT na Câmara Afonso Florence e o ex-deputado paranaense Ângelo Vanhoni foram ao presídio falar com o ex-tesoureiro e retornaram a Brasília relatando que a delação será uma “explosão controlada”, já que os depoimentos teriam também a função de provar a “ilegitimidade do governo Temer”.