Estadão Conteúdo - O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a dizer que a conta de sua mulher no exterior “está dentro das normas da legislação brasileira e não tem nada a ver com recursos ilícitos”.

Nesta sexta-feira (10), em nota, Cunha disse que será “facilmente comprovado” que não foi transferido dinheiro do truste do qual é beneficiário na Suíça para a conta de Cláudia Cruz no exterior.

Nessa quinta (9), a esposa do parlamentar se tornou ré do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, acusada por lavagem de dinheiro proveniente de crimes praticados pelo peemedebista e por evasão de divisas.

LEIA TAMBÉM » Teori Zavascki libera segunda denúncia contra Cunha para julgamento no STF » Partidos rivais se unem para afastar Eduardo Cunha definitivamente “Volto a reafirmar que não houve recebimento nem utilização de qualquer vantagem indevida e que a acusação de que valores de propina foram gastos em artigos de luxo são falsas, sendo que a referida denúncia não apresentou qualquer prova em relação a isso”, afirma o texto.

Cunha também voltou a defender a sua tese de que os valores depositados em seu truste no exterior tiveram origem antiga, sem nenhuma relação com a vida pública.

Já a sua mulher, alega, possui patrimônio próprio adquirido durante seu trabalho como jornalista.

Ele a Cláudia alegam que ela recebeu R$ 5 milhões de indenização da Justiça do Trabalho por uma ação contra a Rede Globo. » Mulher de Cunha transformou dinheiro público em sapatos e roupas de grife, diz MPF » Moro desmonta álibi de Eduardo Cunha sobre truste Nesta sexta-feira, o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a segunda denúncia contra Cunha.

Ele é acusado de manter contas secretas no exterior abastecidas pelo dinheiro desviado do esquema de corrupção da Petrobras.

O mais provável é que o caso seja levado a plenário no dia 23 de junho.

Também serão levados para a pauta os recursos da defesa do peemedebista que pedem para que a sua mulher e a sua filha Danielle Dytz sejam julgadas pelo STF, e não por Moro.

De acordo com Cunha, independentemente do julgamento, será oferecida a defesa de Cláudia após a notificação. » Sérgio Moro aceita denúncia contra mulher de Cunha e mais três na Lava Jato » Humberto Costa acusa Temer de fazer ‘malabarismos’ para defender Cunha por ‘medo de delação’