A reunião desta quarta-feira (8) da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), que votaria uma manobra para tentar salvar o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terminou sem definições.

O motivo foram denúncias de deputados do PR sobre a troca de integrantes por aliados de Cunha.

A próxima sessão é nesta quinta (9), às 10h.

A comissão votaria o relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL), em resposta a uma consulta do atual presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), sobre o rito de cassação de parlamentares no Plenário da Casa.

A solicitação já foi considerada mais uma manobra para salvar Cunha.

LEIA TAMBÉM » Após acordo, CCJ adia para esta quarta análise de parecer que pode salvar Cunha » Presidente do Conselho de Ética adia novamente votação de cassação de Cunha O pedido de cassação de Cunha está sendo analiado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que teve a reunião desta quarta-feira cancelada e a definição sobre o peedebista deve ficar para a próxima terça (14).

O parecer do relator Marcos Rogério (DEM-GO) pede a cassação do parlamentar por quebra de decoro, alegando que ele mentiu à CPI da Petrobras ao afirmar que não tinha contas no exterior.

Pelo relatório de Lira, da CCJ, caberá ao Plenário da Câmara votar projeto de resolução elaborado pelo Conselho de Ética, em vez de um parecer, caso o colegiado decida sobre a cassação de mandato de parlamentar, o que daria mais tempo a Cunha.

A resolução pode sugerir a suspensão por, no máximo, 6 meses ou a perda do mandato parlamentar. » PT do Recife diz que voto de Tia Eron por Cunha configuraria ‘golpe’ » ‘Governo não tem que se envolver’ em cassação de Cunha, diz Araújo Porém, o três deputados do PR que eram integrantes da Comissão deixaram a vaga: Jorginho Mello (SC), Paulo Freire (SP) e Clarissa Garotinho (RJ), de licença maternidade.

Assumiram no lugar deles Laerte Bessa (DF), Wellington Roberto (PB), autor da consulta original à Mesa que gerou o questionamento de Maranhão à CCJ, e João Carlos Bacelar (BA), autor do voto em separado apresentado nesta terça-feira (7) no Conselho de Ética que pede a suspensão do mandato de Cunha por três meses.

Os três são integrantes do Conselho de Ética e já declararam voto contra a cassação de Cunha. » Cunha diz que propósito do pedido de prisão é influenciar resultado no Conselho de Ética » Janot pediu, também, a prisão de Eduardo Cunha Jorginho Mello, então, reclamou ter sido retirado pela liderança do PR. “Só quero lamentar a minha substituição como titular desta comissão.

Só fui informado hoje.

Deve ser porque eu penso contrariamente ao deputado Lira”, disparou.

O líder do partido, Aelton Freitas (MG), não comentou o assunto.