Agência Brasil - O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (7) o nome do economista Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central.

A indicação recebeu 56 votos favoráveis e 13 contrários, a maior parte deles dos senadores de oposição que compunham a base do governo de Dilma Rousseff.

Foi registrada uma abstenção.

Entre o que votaram contra a indicação está o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que se queixou da iniciativa do presidente interino Michel Temer de mudar o comando do Banco Central antes que o processo de impeachment seja concluído.

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Para nós está muito claro, é um absurdo haver a modificação do presidente do Banco Central em um governo interino.

Daqui a dois ou três meses, nós vamos ter o julgamento [do processo de impeachment] no Senado.

Imagina a presidenta Dilma voltando, nós vamos ter a alteração do presidente do BC novamente?”, questionou. » Dólar cai após confirmação de Ilan Goldfajn à frente do Banco Central » Ilan Goldfajn é o novo presidente do Banco Central Entre os defensores de Goldfajn, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) lembrou que o nome do economista foi um dos pouco com alta convergência entre as indicações feitas por Michel Temer para seu governo. “A aprovação do seu nome por este Senado Federal, a meu ver, é uma sinalização extremamente positiva no caminho daquilo que é essencial na nossa política econômica e que havíamos perdido ao longo dos últimos anos: previsibilidade, clareza de qual é o rumo, qual o caminho que deveremos percorrer na condução do guardião da nossa moeda, na condução do Banco Central”, afirmou.

SABATINA - Ilan Goldfajn foi sabatinado mais cedo na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde teve o nome aprovado, com 19 votos a favor e 8 contra.

Na oportunidade, o economista destacou que a política monetária, conduzida pelo Banco Central, é complementar à política fiscal.

Goldfajn sinalizou o comprometimento do governo com a estabilidade fiscal para permitir a volta da confiança. » Banco Central diz que pedaladas fiscais aumentaram durante o governo Dilma Ao fim da sabatina, ele reafirmou que pretende atingir o centro da meta de inflação, hoje em 4,5%, em um horizonte não distante.

O economista indicado para a presidência do Banco Central destacou também que a estratégia para fazer a dívida se estabilizar tem a ver com vários componentes.

Um deles é “enfatizar” as despesas, que têm subido nos últimos anos.

Deve-se considerar ainda, segundo ele, as receitas, as taxas de juros e o estoque da dívida, entre outras.