Estadão Conteúdo - O presidente da comissão do impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), voltou atrás da decisão de reduzir o rito do processo em 20 dias.
Para evitar constrangimentos no governo, a mudança foi aceita pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS), autora da questão de ordem, que já adiantou que não irá recorrer.
Os governistas mudaram de ideia após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, sinalizar que iria indeferir o pedido.
Pelo entendimento de Lewandowski, segundo fontes, o cronograma deve ser o mesmo adotado para o ex-presidente Fernando Collor, em 1992.
LEIA TAMBÉM » Comissão pode adiantar votação do impeachment de Dilma para julho » Renan critica a redução de prazos de processo contra Dilma Rousseff A alteração nos prazos para considerações finais foi proposta por Simone na última semana e se tornou motivo de impasse no Senado.
Para definir a questão, um recurso foi apresentado para Lewandowski pela defesa.
Na ocasião, Lira chegou a dizer que se sentiria “mais confortável” se o ministro desse a palavra final sobre o caso.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), contudo, criticou o encurtamento no processo e disse que o colegiado deveria evitar encaminhamentos ao presidente do STF.
Na última quinta-feira, 2, Lewandowski também se reuniu com Lira e o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) para debater os recursos que teria que analisar. » Dilma sai da lista da ‘Forbes’ de 100 mulheres mais poderosas do mundo » Dilma vem a Pernambuco dia 17 Segundo a proposta de Simone, que se baseou em uma mudança do Código Penal de 2008, o processo terminaria em julho, e não em agosto como estava previsto.
Ela propôs que as ponderações fossem realizadas em um prazo de 10 dias, ao invés de 30 que constava no parecer de Anastasia.
Com a decisão desta segunda-feira, os prazos propostos pelo relator estão mantidos.
Os pronunciamentos escritos da acusação deverão ser entregues entre o dia 21 de junho e 5 de julho.
Já a defesa se pronunciará entre os dias 6 e 21 de julho.
Com isso, segundo o planejamento de Anastasia, a primeira votação no plenário do Senado deve ocorrer nos dias 1º e 2 de agosto. » “Eu vou viajar!”, responde Dilma sobre restrição de uso de avião » Planalto restringe uso de aviões de Dilma e reduz equipe da petista » Comida de Dilma no Palácio da Alvorada é cortada pelo governo Temer » Para Sílvio Costa, redução de prazos do impeachment é “medo de Michel Temer” » Defesa de Dilma pede inclusão de delação de Sérgio Machado no impeachment » Defesa de Dilma tem 372 páginas » Comissão do impeachment no Senado barra áudios na defesa de Dilma » Fernando Bezerra Coelho contesta nova tese de defesa de Dilma