Foto: Lucio Bernardo Jr./ Câmara dos Deputados Estadão Conteúdo - Dos 55 senadores que votaram a favor da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff em maio, 12 parlamentares, agora, manifestam-se como indecisos ou evitam tornar público seu posicionamento. É o que mostra o Placar do Impeachment no Senado, que volta a ser publicado diariamente pelo jornal O Estado de S.

Paulo.

LEIA MAIS: » Por 55 votos a 22, Senado abre impeachment e Dilma é afastada » Voto pernambucano sacramenta impeachment de Dilma Rousseff » Temer e Cunha impõem derrota a Dilma.

Impeachment é aprovado na Câmara O placar registra, no grupo “indeciso/não quis responder”, 19 senadores - além dos 12 que votaram a favor do impeachment, três foram contra e três não votaram na sessão de 12 de maio que resultou no afastamento da petista.

Este grupo será o fiel da balança na votação que pode ocorrer em julho ou agosto - o cronograma do julgamento no Senado que vai decidir sobre a perda ou não do mandato da petista ainda está em discussão -, uma vez que 53 senadores já tornaram público seu posicionamento e disseram que pretendem mantê-lo. » Em discurso, Armando defende revisão da lei do impeachment » Humberto Costa diz que PT vai para a oposição, mas voltará pela porta da frente » Ex-ministro de Dilma, Fernando Bezerra Coelho diz que ela tentou mascarar contabilidade pública Até a conclusão desta matéria, o placar contabilizava 35 votos favoráveis ao impeachment e 18 contrários.

Nove parlamentares não foram localizados.

Para o afastamento definitivo de Dilma, são necessários 54 votos favoráveis dos 81 senadores.

Dos 22 senadores que votaram contra o impeachment, três, agora, estão no grupo “indeciso/não quis responder”. » Senadores já admitem rever voto pelo impeachment de Dilma » Esperançoso, Sílvio Costa conversa com Romário sobre impeachment ‘Ambiente’ Representantes do grupo que votou a favor do impeachment em maio e, agora, migrou para a opção “indeciso/não quis responder”, os senadores Romário (PSB-RJ), Wellington Fagundes (PR-MT), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Roberto Rocha (PSB-MA) afirmaram que vão “aguardar os desdobramentos dos acontecimentos” antes de decidir. » Fernando Collor, afastado em 1992, deixa em aberto seu voto » Ex-cara pintada Lindbergh Farias volta à cena em papel invertido no impeachment Isso, segundo Cristovam, passa não só pelo julgamento técnico do processo, mas pela análise do ambiente político do presidente em exercício Michel Temer.

O senador do PPS, que desde maio diz que votou pela admissibilidade do impeachment, mas vai analisar o processo antes de formar opinião sobre o mérito, afirma que há diferenças cruciais entre a votação de maio e a que está por vir “Agora vamos analisar se há constatação de crimes e isso não é votar, é julgar.” Para Cristovam, se, em maio, foi levado em conta o “conjunto da obra” de Dilma, ou seja, fatos alheios ao que consta na denúncia, na votação definitiva será considerado também o “conjunto da obra” de Temer. “Além do afastamento, o Senado vai decidir se Temer fica ou não.

A questão será decidida por diferença de um ou dois votos.” » Roberto Requião prevê caos com modelo econômico de Michel Temer » Rival de Dilma na última eleição, Aécio chama governo de populista e irresponsável » “Com a força do povo, uma República de novo”, ironiza Cássio Cunha Lima no Senado A composição atual do Senado é diferente da que votou em maio, com volta de parlamentares e entrada de suplentes.

Mas a possibilidade de alteração do placar é pequena.

Substituto de Marcelo Crivella (PRB-RJ), que vai disputar a prefeitura do Rio e votou pelo afastamento em maio, Eduardo Lopes (PRB-RJ) não quis revelar seu voto, mas disse que “o parecer do partido aponta para ocorrência da pedalada”.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo.