Agência Brasil - Mesmo após o relator Marcos Rogério (DEM-RO) ter recomendado a cassação de mandato no Conselho de Ética, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a afirmar nesta quarta-feira (1º) que não mentiu durante depoimento que prestou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando disse que não tinha contas no exterior. “O relator fez a sua pirotecnia buscando os cinco minutos de holofote.

Reitero que não menti à CPI, não sou titular de conta no exterior e isso ficou comprovado na instrução do processo no conselho.

Logo, confio na absolvição seja no Conselho de Ética, seja do Plenário da Câmara dos Deputados”, disse Cunha à Agência Brasil, após a leitura do parecer que pede a cassação do mandato dele.

LEIA TAMBÉM » Relator pede cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar O deputado afastado Eduardo Cunha disse que, embora, ainda não tinha lido o relatório de Rogério, o documento tem “diversos absurdos”.

Cunha espera que o parecer seja rejeitado pelo Conselho de Ética.

Segundo ele, se o parecer não for derrotado, irá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. “Ainda não li o relatório, mas acredito que ele não tenha novidades.

Há três dias, foi anunciado pela imprensa e possui diversos absurdos, recheado de nulidades que iremos contestar e que espero ver derrotado no Conselho de Ética.

Caso contrário, recorrerei à CCJ e espero obter decisão favorável”, afirmou Cunha. » “Trustes criados por Cunha representam instrumentos de fraudes”, diz relator » Relator entrega ao Conselho de Ética voto pela cassação de Eduardo Cunha, diz jornal Cunha responde a processo disciplina no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar.

O processo foi aberto em função de representação feita pelo PSOL e pela Rede após Cunha ter dito em depoimento na CPI da Petrobras que não era titular de contas no exterior.

PEDIDO DE VISTA Nesta quarta-feira, o relator Marcos Rogério leu seu parecer no Conselho de Ética e votou a favor da cassação do mandato de Cunha.

Como houve pedido de vista, as normas regimentais estabelecem um prazo de duas sessões da Câmara para que a matéria volte à pauta de votações do colegiado.

Com isso, a discussão e votação do parecer do relator deverá ser iniciada na terça-feira (7) da semana que vem. » No Conselho de Ética, Cunha diz que não indicou um “alfinete” para o governo de Michel Temer » Deputados batem boca em depoimento de Cunha no Conselho de Ética » Conselho de Ética: ‘Não poderia ocultar o que não me pertence’, diz Eduardo Cunha Para que o parecer do relator seja aprovado no Conselho de Ética são necessários os votos de metade mais um dos conselheiros, ou seja, 11 dos 21 votos.

Se o parecer não conseguir esses votos, será nomeado um relator do voto vencedor, que deverá apresentar um novo parecer para ser votado pelo colegiado. » Para Dilma, Eduardo Cunha manda e governo Temer terá que se ajoelhar » Parlamentares pedem suspensão de prerrogativas do presidente afastado Eduardo Cunha