A mudança ocorreu depois dos novos acontecimentos políticos provocados pelos grampos do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado Diante da crise política que atinge o governo interino de Michel Temer, os senadores Romário (PSB-RJ) e Acir Gurgacz (PDT-RO), que votaram pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, admitem agora a possibilidade de rever seus votos no julgamento final, que deve ocorrer até setembro.

LEIA MAIS: » Governo Temer: vai e vem nos primeiros dias » Filho de Sérgio Machado também faz delação premiada » Após pressão, Fabiano Silveira pede demissão do Ministério da Transparência Segundo informações do Extra, o Senado abriu o processo de impeachment com o apoio de 55 senadores e, para confirmar essa decisão no julgamento de mérito, são necessários 54 votos.

Portanto, caso os dois senadores mudem os votos, e os demais parlamentares mantiverem suas posições, a cassação definitiva de Dilma Rousseff poderá ser evitada.

De acordo com a publicação, a mudança ocorreu depois dos novos acontecimentos políticos provocados pelos grampos do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. » Veja os diálogos de Jucá sobre a Lava Jato e acordão nacional » Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato » Ministro da Transparência é citado em novas gravações, mas nega irregularidades » Polícia Federal deflagra nova fase da Lava Jato em Pernambuco e mais dois Estados “Meu voto foi pela admissibilidade do impeachment, ou seja, pela continuidade da investigação para que pudéssemos saber se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade.

Porém, assim como questões políticas influenciaram muitos votos na primeira votação, todos esses novos fatos políticos irão influenciar também.

Meu voto final estará amparado em questões técnicas e no que for melhor para o país”, disse Romário ao GLOBO ontem. » Defesa de Dilma pretende utilizar declarações de Romero Jucá » Para Dilma, Eduardo Cunha manda e governo Temer terá que se ajoelhar » Em carta, eurodeputados pedem que União Europeia não negocie com governo Temer O PT vai usar, na defesa de Dilma na comissão do impeachment, a conversa de Machado com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que o então ministro do Planejamento diz que a aprovação do impeachment de Dilma poderia “estancar a sangria”.

A interpretação é que o objetivo do impeachment era interromper as investigações da Lava-Jato, que atinge vários integrantes da cúpula do PMDB. » Dilma atribui poder no governo a Cunha, que rebate petista » “Objetivo do governo Temer era tornar obscura a transparência”, diz Dilma » Dilma diz que devolução de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro é um retrocesso