Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados O deputado Marcos Rogério (DEM-RO) entregou na manhã desta terça-feira (31) ao Conselho de Ética da Câmara o relatório e o seu voto sugerindo a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi afastado do cargo e do mandato no dia 5 pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
O documento foi recebido pelo presidente do órgão, José Carlos Araújo (PR-BA), que deve marcar sessão de leitura ainda nesta semana.
O voto de Rogério ficará lacrado até a sessão do Conselho, mas segundo o jornal Folha de S.
Paulo, ele pede a cassação de Cunha com base no argumento principal de que ele mentiu à CPI da Petrobras quando, em 2015, negou ter “qualquer tipo de conta” no exterior.
Apesar de estar impedido pela presidência da Câmara de incluir como motivo de cassação a acusação de que Cunha recebeu propina no petrolão, Rogério não deixará o tema de fora de seu voto.
Ele argumentará que as contas vinculadas a Cunha da Suíça foram omitidas por terem sido, segundo as investigações da Procuradoria-Geral da República, abastecidas em parte com recursos oriundos do esquema de corrupção na Petrobras.
Ainda de acordo com a Folha, Aliados de Cunha trabalham para a aplicação de uma punição branda ao peemedebista, como a suspensão de suas prerrogativas parlamentares.
Eles dizem ter maioria dos votos nesse sentido no Conselho, que é composto por 21 integrantes e que, em março, aprovou a continuidade da investigação contra Cunha por margem mínima, 11 votos a 10.