Estadão Conteúdo - A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes que investiga compra de decisões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), mostra a Coluna do Estadão nesta terça-feira (31).

As investigações mostraram que o grupo investigado por corromper integrantes do Carf conversou com executivos do banco a respeito de um “contrato” para anular um débito de R$ 3 bi com a Receita Federal.

A PF já havia apontado em relatório que Trabuco e os outros dois executivos da instituição financeira se encontraram com emissários da organização criminosa para discutir como seria a atuação do órgão.

A PF também indiciou o auditor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite, que teria articulado a reunião entre os integrantes do esquema e o comando do banco.

LEIA TAMBÉM » Operação Zelotes: Filho de Lula recebeu cerca de R$ 10 milhões » Nova fase da Zelotes que levou Mantega para depor investiga multas de R$ 57 mi A conclusão do inquérito relativo ao Bradesco já foi encaminhado pela PF ao Ministério Público Federal, que pode ou não apresentar denúncia à Justiça Federal.

Os indiciamentos são pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A Coluna do Estadão não conseguiu confirmar quais desses crimes são imputados a Trabuco.

O Ministério Público confirmou que recebeu da PF os indiciamentos.

Procurado, o Bradesco disse que irá se manifestar ainda nesta terça-feira sobre a conclusão do inquérito. » Operação Zelotes: PF cumpre cinco mandados de condução coercitiva em Pernambuco » Dono da Cervejaria Petrópolis é citado na Operação Zelotes