A Sé de Olinda foi o ambiente escolhido para mais uma Roda de Conversa com a deputada federal e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos.
A atividade aconteceu no restaurante Olinda Art & Grill e teve como tema principal o posicionamento “das forças progressistas brasileiras” diante do que chamam de “golpe parlamentar instalado”, além “do desmonte do projeto social construído pós redemocratização”.
De acordo com sua assessoria, apesar da agenda intensa, dividida entre as atribuições do mandato e a presidência nacional do partido, sempre que possível Luciana procura conversar com os pernambucanos sobre o momento político.
Este é o segundo encontro desta natureza, promovido no Sítio Histórico da Cidade Patrimônio, onde a parlamentar atende ao convite de amigos e militantes do estado e durante algumas horas escuta as opiniões e atualiza os presentes sobre as ações em Brasília.
Correligionários, amigos, artistas e empresários prestigiaram a fala da deputada e participaram do debate sobre a conjuntura política no governo do presidente interino Michel Temer. “O que eles - os golpistas - querem com esse ajuste fiscal é muito mais de caráter político do que objetivo.
Eles querem enfrentar o problema da crise de confiança que a população brasileira vivencia com relação ao grupo que chegou ao poder através de um golpe, até por que o próprio mercado já previa um grande déficit.
Se a gente for analisar direitinho, à rigor, eles não apresentam nada de diferente tecnicamente do que foi a apresentação da meta fiscal de Dilma em março…”, comentou Luciana.
No evento, a deputada enfatizou o que chamou dea falta de legitimidade do governo interino.
Para ela, o governo “biônico” foi montado apenas pensando em dar uma contrapartida aos votos a favor do impeachment conquistados na Câmara, por isso só deve ter apoio político no Congresso, mas sem a participação popular. “No presidencialismo você não vota no vice, você vota apenas no candidato, por isso que a sociedade brasileira não está representada neste governo, que tem, em sua composição, apenas a equipe econômica formada por técnicos.
Ou seja, é um governo que não fala para a sociedade, fala para o Congresso com o único objetivo de garantir o impedimento da presidenta eleita…”, enfatizou.