Mais de dois meses após o imbróglio sobre a posse do ex-presidente Lula (PT) como ministro da Casa Civil ainda no governo Dilma Rousseff (PT), a defesa do petista se manifestou em nota cobrando um posicionamento do Ministério Público Federal (MPF) a respeito do vazamento de uma conversa entre os dois.

No diálogo, a presidente afastada fala sobre o termo de posse do seu padrinho político.

LEIA TAMBÉM » Lula pede que STF reconheça que ele foi ministro de Dilma » Janot acusa Lula de ter ‘papel central’ na tentativa de obstruir Lava Jato Os dois advogados que assinam a nota, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins, afirmam que a gravação da conversa foi feita contra ordem judicial.

A defesa afirma que a conversa foi gravada às ocorreu às 13h32 de 16 de março, porém o juiz Sérgio Moro havia determinado a interrupção da interceptação telefônica às 11h12. » Advogados de Lula rebatem ligação do nome do ex-presidente a suspeitas contra sobrinho » Lula diz que viu projeto de inclusão social ruir com afastamento de Dilma “Soa no mínimo estranha qualquer tentativa de um membro do Ministério Público Federal defender a legalidade dessa prova e, ainda, a competência de um juiz federal de primeiro grau para monitorar uma conversa entre a Presidenta da República e o ex-Presidente Lula”, diz a nota. “É desconcertante observar que, afora o vazamento legal, até o presente momento nenhuma providência tenha sido tomada.” » Advogados de Lula afirmam que denúncia contra ex-presidente é precipitada e reclamam da TV Globo » FHC critica possível candidatura de Lula em 2018: “Ficar além do limite no poder não é bom”