Sem alarde, o PSOL vai ser investigado por suposto “abuso de poder econômico, abuso do poder político ou uso indevido dos meios de comunicação social”, decorrentes de uma festa promovida por um pré-candidato a vereador, com direito até a pula-pula.
Segundo despacho da promotora eleitoral Áurea Rosane Vieira, houve uma “festa de lançamento da pré-candidatura a vereador pela cidade do Recife, neste domingo dia 22 de maio, das 12h às 20h, no Casarão localizado no bairro da Boa Vista, disponibilizando gratuitamente para todos que comparecerem música, contação de histórias para crianças, pula-pula, cerveja gelada e comidas”.
A informação chegou ao Ministério Público Eleitoral através de uma denúncia.
O Ministério Público vai notificar o pré-candidato para que o PSOL pare imediatamente com a prática.
A promotora irá oficiar ao procurador regional eleitoral, comunicando o ocorrido, para que ele adote providências de sua alçada, como eventualmente processar autoridades de foro privilegiado, como deputados estaduais.
Segundo a promotora, o PSOL poderia estar se beneficiando, por ter mais recursos financeiros que outros candidatos. “O princípio da isonomia visa garantir a igualdade entre os candidatos para preservar o equilíbrio da disputa e dotá-los das mesmas oportunidades, evitando-se que aqueles com maior disponibilidade financeira sejam beneficiados”, disse a promotora ao fundamentar seu entendimento.
Outra coisa que está causou estranhamento na denúncia feita é que candidato a suplente de senador em 2014, declarando um patrimônio total de apenas 8 mil reais à Justiça Eleitoral, para agora, em 2016, dar uma festa de grande porte, a título de aniversário, mas com intuito de candidato, conforme várias imagens juntadas ao processo.
Edilson Silva foi o convidado de honra da “festa”, segundo o twitter do deputado, que fez questão de “propagandear” a sua participação no evento.