Senador Humberto Costa - PT/PE.
Foto: Alessandro Dantas O ex-líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou, na madrugada desta quarta-feira (25), após mais de 16 horas de sessão do Congresso Nacional, a proposta apresentada pelo presidente interino Michel Temer (PMDB) ao Congresso Nacional, que altera a meta fiscal deste ano.
LEIA MAIS: » Líder do PMDB diz que votação mostra amplo apoio do Congresso a Temer » Sílvio Costa e Romero Jucá trocam farpas em sessão para votar a meta fiscal » Meta fiscal: Congresso aprova autorização para Temer governar com rombo de R$ 170 bilhões O senador afirmou que o projeto aprovado pelos parlamentares traz números fictícios e diversas maquiagens para dizer que o Brasil caminhava para um rombo absolutamente falso de R$ 170 milhões.
Vídeo: ‘Gemido constrangedor’ interrompe discussão em comissão do impeachment “O fato concreto é que a proposta analisada aqui representa um cheque em branco para o governo golpista remanejar recurso de uma rubrica para outra como bem entender e mudar a destinação dos recursos com o objetivo de, ao fim do ano, falar que a meta foi cumprida.
Isso é fictício”, declarou. » Sessão do Senado é marcada por tumultos e discursos ideológicos » ‘Sem meta fiscal, quem vai pedalar sou eu’, diz Michel Temer » Aliados de Dilma tentam melar votação de nova meta fiscal.
Renan recusa manobras » Dilma diz que Jucá confessou ‘golpe’ em gravação e critica governo Temer Segundo ele, os opositores de Dilma, que pediam insistentemente disciplina fiscal e meta confiável, “brincaram” agora diante da seriedade do tema ao se comportar de maneira completamente contraditória. “Antes, diziam que a meta era rígida e não poderia ser objeto de mudança, quando a equipe econômica sugeria a sua redução.
Agora, estão aí, favoráveis a essa mudança”, disse. » Veja galeria de fotos da sessão do Congresso Nacional: 1 - 2 - 3 - 4 - img201605242218378031774MED - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr A sessão, que começou na manhã de terça-feira (24), foi realizada para a análise de vetos presidenciais e para apreciar o projeto encaminhado pelo Palácio do Planalto que altera a meta apresentada pela presidenta Dilma Rousseff.
Temer entregou ao Legislativo na última segunda-feira uma revisão da proposta que eleva o déficit possível de R$ 96,7 bilhões para R$ 170,5 bilhões. » Governo Temer: vai e vem nos primeiros dias » Janaína Paschoal agradece aos pernambucanos por “apoio ao impeachment de Dilma” » Pacote de Temer reúne três novas medidas e dois projetos em tramitação no Congresso Para Humberto, o projeto começa equivocado ao fazer a estimativa de receita incorreta e não propor, por falta de coragem, a volta da CPMF. “Quem disse que o processo de repatriação de recursos do exterior vai resultar em apenas R$ 4 bilhões de volta ao Brasil?
E a CPMF, que o governo não tem coragem de sugerir?
Trata-se de um governo vai-e-vem, ioiô, que diz uma coisa e recua no mesmo dia”, criticou. » Delação de Sérgio Machado é homologada pelo STF » Lula pede que STF reconheça que ele foi ministro de Dilma » Gilmar Mendes assume presidência de turma responsável pela Lava Jato no STF O parlamentar lembrou, com ironia, que os “grandes gênios” da economia alertavam, no período Dilma, que era fácil fazer a receita da União crescer sem aumentar a carga tributária. “Então, façam isso.
Dilma saiu em maio.
Agora, vocês têm esse período de interinidade para realizá-lo”, cobrou. » Votação de ampliação da meta é primeiro teste para governo, diz Temer » Ao anunciar medidas, Temer afirma que “trajetória de gastos públicos está insustentável” » Sessão que aprovou a alteração da meta fiscal ‘certamente’ será questionada na Justiça, diz senadora Além disso, o senador questionou uma suposta tentativa de cerceamento da fala dos parlamentares do PT, PCdoB e PSOL durante a sessão.
De acordo com Humberto, algumas noites foram viradas em sessões do Congresso, durante o Governo Dilma, devido ao tempo dado à oposição, que acusava a presidenta de irresponsabilidade fiscal e o Governo, de falta de capacidade de previsão orçamentária para realizar o cumprimento da meta. » Janaína Paschoal chora durante depoimento na comissão do impeachment » Janaína Paschoal grita com senador e leva bronca do presidente de comissão » Autora do pedido de impeachment se sentiu representada em votação na Câmara “Faziam isso mesmo sabendo que alguns elementos, como a variação da receita, se modificavam ao longo do ano”, observou.
A sessão do Congresso Nacional foi iniciada às 11h33 de terça.
Após 13 horas, os deputados e senadores concluíram a análise dos 24 vetos da pauta: 20 foram mantidos, três foram derrubados e um foi prejudicado.
Depois, os parlamentares passaram a apreciar a revisão da meta fiscal, que se estendeu madrugada adentro e acabou por volta das 4h desta quarta-feira. » “O problema foi ousar questionar o Deus do petismo”, diz Janaína Paschoal » Discurso pró-impeachment de Janaína Paschoal vira meme nas redes sociais » Vídeo: “O Brasil não é a República da cobra”, grita autora do pedido de impeachment